Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta uma das maiores catástrofes climáticas de sua história, um grupo de heróis anônimos surge na luta contra as enchentes. Entre eles está Francisco Freitas, supervisor de data hall da Elea Digital Data Centers, que esteve na linha de frente de toda a operação da empresa durante a crise. Sua história é um testemunho poderoso de dedicação e coragem, além de um verdadeiro símbolo de esperança.
Desde o início da tragédia, a Elea tem sido essencial na manutenção das operações críticas de TI na região. Seu data center POA1, localizado no bairro de Bela Vista, em Porto Alegre, permanece completamente operacional e preparado para atender às crescentes demandas.
Abrigando empresas e instituições fundamentais para todo o Rio Grande do Sul, incluindo a distribuidora de energia estadual, hospitais, empresas de telecomunicações, empresa de processamento de dados do Estado do Rio Grande do Sul, responsável pelos principais sistemas do estado e distribuição de recursos financeiros para os municípios locais, e instituições bancárias, a Elea tem desempenhado um papel crucial na estabilidade e continuidade operacional do estado. Essa questão confirma a importância de classificarmos os serviços relacionados à tecnologia como essenciais – como foi reconhecido em março de 2020, no início da pandemia da Covid-19, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Durante o caos das enchentes, Francisco e sua equipe enfrentaram muitos desafios. Com baixas na equipe devido às perdas pessoais de alguns membros, Francisco se viu liderando um time reduzido em meio a uma demanda tripla, se não quadruplicada, por serviços de TI essenciais. De acordo com o profissional, em um esforço sobre-humano, a equipe trabalhou incansavelmente, muitas vezes em turnos de 12 horas consecutivas, para garantir a continuidade das operações críticas. “Precisávamos continuar dando suporte para todas as empresas, órgãos, hospitais. Além disso, tivemos que suprir a ausência das pessoas do time que não poderiam estar ali. Isso foi algo que nos uniu muito”, relembra.
Francisco também comenta que viu o Rogério Bruck, COO da companhia, demonstrar uma liderança excepcional durante os dias difíceis. Enquanto a equipe trabalhava para manter o ambiente seguro, Rogério não hesitou em se envolver pessoalmente. “O exemplo de liderança do Rogério, durante as enchentes foi inspirador. Ele não apenas liderou, mas se colocou ao lado do time. Sua humildade e dedicação demonstraram que, em momentos de crise, somos todos igualmente importantes, e a força da equipe supera qualquer hierarquia”, relata.
Francisco compartilha sua experiência, destacando não apenas os desafios enfrentados, mas também a solidariedade e união que vivenciou durante esse período difícil. Para ele, o apoio fornecido pela empresa foi crucial, com a vinda de técnicos, gerentes e supervisores de outras regiões para reforçar a equipe local. Ele teve a oportunidade de ajudar a comunidade afetada, na linha de frente, utilizando um bote e um motor adquiridos pela Elea para auxiliar no resgate de pessoas presas nas enchentes. “Pude colaborar no resgate e sou muito grato por isso. Em um dia, consegui salvar mais de 70 pessoas com o bote. No segundo dia, cerca de 30 a 35. A oportunidade de ter salvado essas vidas me fez refletir profundamente. Cada história, cada pessoa, cada família que estava ali importava e importa. O que aprendi é que através da união tudo é possível”.