De acordo com dados da Anatel, o Brasil conta com mais de 88 mil Estações Rádio Base (antenas de celular), sendo apenas cerca de 8 mil com 5G. Em um esforço para fechar a lacuna de infraestrutura para viabilização da nova tecnologia, a QMC Telecom, empresa de infraestrutura neutra, investe em projetos de rede móvel utilizando o mobiliário urbano através de sua solução SLS (Street Level Solutions).

QMC Telecom
Antena colocada no Totem – QMC Telecom

“O 5G utiliza frequências mais altas para operar na sua maior capacidade e, por isso, não basta apenas instalar novas antenas em torres, é necessária a utilização de uma infraestrutura complementar e adicional às redes das operadoras. A QMC tem investido bastante neste tipo de solução, desde 2016, e, atualmente, conta com centenas de pontos de SLS® construídos em todo o Brasil”, afirma Luis Bernardes, Diretor da QMC.

As soluções no nível da rua (tradução em português para o termo Street Level Solutions) envolvem a instalação de pequenas antenas mimetizadas em mobiliários urbanos, como bancas de jornal, semáforos e pontos de ônibus. Essas antenas estendem a cobertura da rede e levam maior capacidade para áreas urbanas densas, sendo instaladas próximas aos usuários, com mínimo impacto visual. Elas costumam ser mais econômicas e fáceis de implantar do que as torres tradicionais, que geralmente exigem muito mais espaço físico. Seu licenciamento é facilitado por aproveitar o conceito de equipamento de pequeno porte definido pela Anatel.

Os SLS são componentes importantíssimos da infraestrutura de telecomunicações moderna, pois ajudam a atender à crescente demanda por dados móveis, servindo áreas densas ao mesmo tempo em que aliviam o tráfego da rede macro. Ao levar cobertura e capacidade para perto do usuário, aumentam a capilaridade da rede e ajudam a transpor barreiras físicas, como edifícios e outras estruturas verticais. Em outras palavras: são fundamentais para o desenvolvimento do 5G. Exatamente por isso, cada vez mais as prefeituras estão interessadas em usufruir dos benefícios associados à tecnologia em suas municipalidades.

“Nossos SLS estão instalados em grandes avenidas, como a Luis Carlos Berrini, em São Paulo, em orlas com grande movimentação de turistas como as de Balneário Camboriú e Bombinhas, em Santa Catarina, ou, ainda, em locais específicos como a Ilha do Frade, no Espírito Santo, entre outras centenas de pontos importantes pelo país. Por meio de medições feitas após a implantação, foram comprovadas melhorias significativas nos principais indicadores de cobertura e de qualidade de rede dessas localidades”, complementa Luis.

Segundo dados oficiais do Ministério das Telecomunicações, com a compra das faixas do leilão, as operadoras de telefonia devem garantir que a cobertura 5G chegue a todas as sedes municipais, até 2029. Para isso, a Anatel estima que as operadoras investirão cerca de R$ 51 bilhões ao longo dos próximos 20 anos.

Vale, então, analisar o cenário da expansão da tecnologia no país. Cada operadora tem um plano diferente e estágio de adoção do 5G, seja pelo avanço em diferentes regiões ou pela velocidade de implantação. “Por motivos óbvios de competitividade, não podemos revelar mais detalhes sobre esses dados, mas, ao ler os relatórios do Ookla ou similares, percebemos que os KPIs de rede atingidos são bem satisfatórios nas áreas cobertas simultaneamente por redes Macro e redes SLS -- topologia conhecida como Hetnet, e popularizada no início do 4G, há quase uma década, mas que só agora começou a se massificar”, finaliza Luis Bernardes.