De modo simplificado, a TI Híbrida consiste na combinação de plataformas de infraestrutura de TI - nuvens privadas e públicas que uma empresa utiliza para suportar a carga de trabalho de aplicativos e o armazenamento de dados. Como apontam muitas pesquisas globais, entre os benefícios constatados estão: maior agilidade, melhor atendimento ao cliente e desenvolvimento mais rápido de produtos.
De acordo com o Gartner, até o final de 2020, 90% das organizações adotarão o gerenciamento de infraestrutura híbrida. Para falar sobre o tema, a DCD conversou com o CIO da J.Macêdo, Luciano Bortoluzzi, que possui mais de 10 anos liderando times multifuncionais nas disciplinas de SAP (Projeto e Sustentação), Infraestrutura de TI, BI – Business Intelligence e aplicações satélites, Gestão de Projetos, Service Desk e Infraestrutura (Telecom e Data Center), com foco em processos e alinhado às estratégias corporativas.
DatacenterDynamicss: Como reduzir os riscos na segurança de um data center em uma estratégia híbrida e multicloud?
Luciano Bortoluzzi: Aqui vai uma lista:
- Garantindo o controle de acesso
- Criptografia nas e entre as nuvens
- Firewalls
- Análise periódica de vulnerabilidade
- Mapeamento ativo de aplicações
DCD: Diante do surgimento dos serviços cloud que vêm revolucionando a indústria de data center, quais são os pontos-chaves para a transformação de um data center para uma estratégia híbrida?
L. B.: É preciso entender claramente as necessidades da operação. Dentro deste contexto três fatores são essenciais. São eles:
- Disponibilidade
- Velocidade
- Serviço de rápida entrega
- Medir/ajustar os tempos de respostas entre os ambientes, com baixíssima latência, fazendo com que os clientes internos não tenham uma percepção ruim.
- Verificar opções que garantam flexibilidade no uso, trazendo rentabilidade para operação. Exemplo, desligamento automático, ajuste automático em momentos de pico, etc.
DCD: De que maneira a computação, o armazenamento e as redes deveriam evoluir na era Cloud para que respondam as expectativas das empresas?
L. B.: A medida que o negócio demandar e for necessário revisar as estruturas; eu não posso sair mudando se tenho um ativo não depreciado. Precisamos ser justos com a organização que representamos. Sempre avaliar os ganhos com solução on premisse ou em cloud. Um business case é extremamente importante nesse caso para validar o melhor cenário.
DCD: As empresas que utilizam Colocation deveriam participar do processo de decisão para a adoção de novas tecnologias nas empresas?
L. B.: Entendo que sim, uma vez que o Colocation é um meio de garantir as operações com estabilidade. Entendo que no momento que você traz essas empresas para mesa novas ideias podem surgir, sejam elas de alavancar o negocio ou mesmo inovação.
Podemos encontrar contratos / serviços antigos e por conta de cláusulas mais apertadas não ter a possibilidade de sair. Com isso, atrasa o processo de evolução da organização. E o CIO tem o papel de chamar as empresas para uma discussão mais abrangente e expor seus plano e PDTI para futuro da organização.
O próprio administrador / provedor, como tem um conhecimento mais técnico das entregas pode fazer sugestões mais audaciosas para tal.
DCD: Como poderemos criar uma interconexão eficiente em diferentes infraestruturas de data center e, ao mesmo tempo, garantir que estas infraestruturas servirão para os data centers atuais e futuros?
L. B.: Utilizando rede definida por software (SD-WAN) com diferentes abordagens, com isso permitir a conexão de diversos provedores, estes com a melhor entrega.