2019 terminou e agora  é o momento de colocar em prática os pontos positivos que este ano nos deu, olhando para 2020, ano em que a tendência é que o número de dados do data center em Colocation, Nuvem ou serviços gerenciados aumentem de forma acessível, por meio da criação da oferta. Mas na América Latina vemos que ainda é grande o número de Data Center Enterprise. Na região projetos de novas construções foram quase que em sua totalidade realizados pelo segmento de Colocation e Cloud Services Providers, como Google, Ascenty, ODATA, Tigo, Edge Uno, Oracle, Sonda, Megacable, ETIX e etc.

A maioria das modernizações foram realizadas em data centers existentes, sobretudo no setor elétrico com (geradores, UPS ou combustíveis críticos); em Data Centers em Contêineres o Micro Data Centers; o DCIM, por sistemas de segurança física ou lógica; infraestrutura básica em software como AI ou Machine Learning; e também em soluções de refrigeração.  

Em 2019, o Open Source seguiu na pauta do mercado, incluindo o Open Compute Project e o Open19, que é a etapa seguinte da mercantilização da TI. A grande promessa do código aberto é que este pode reduzir os custos de TI e infraestrutura, Capex e Opex em uma quantidade significativa.   

Tendências que irão marcar 2020

Liquid Cooling, Inmersion Cooling, Data Center Microgrids e Edge foram temas que ganharam importância em 2019.

Em 2020, a América Latina passará por uma mudança transformadora, será um ano de crescimento da indústria de data center como nenhum outro na história. A mudança não virá devido ao surgimento da IoT, transmissão de vídeo, realidade virtual ou análise de Big Data, porque essas tendências tecnológicas são comuns em todas as regiões do mundo.

A grande demanda da infraestrutura de data center por parte dos principais fornecedores de nuvem na região tem um denominador comum: eles não tem como construir data centers suficientemente rápido para por eles mesmo para suprir sua demanda e por isso, dependem e passam essa função para os provedores regionais de data center. A mesma batalha pelo domínio do mercado regional é vista nos Estados Unidos, Ásia e Europa pela Microsoft, AWS, Oracle, IBM, Google, Facebook e outros, que agora estão centradas na América Latina, onde o mercado de data center se concentra no Brasil, Chile e México.

A previsão é  de que o data center seja cada vez mais complexo não somente por ter a missão de abranger diferentes tipos (On-Premise, Colocation, Cloud), automatizar e usar a IA.

Além disso, seguem as exigências de redução do Capex. Data centers sem chiller e com a refrigeração por imersão ou o uso de energias renováveis ​​e redes Microgrids irão mudar o panorama da eficiência energética, convertendo o data center em algo ainda mais complexo.   Os 3 principais desafios da indústria do data center são: gerenciamento de diferentes tipos de data center (On-Premise, Colocation, Cloud), prever os requisitos de capacidade futura do data center e acesso à energia e eficiência energética.  

O objetivo principal para as infraestruturas é a capacidade de armazenamento, processamento e entornos flexíveis, escaláveis ​​e convergentes.   Estamos vivendo um tempo de mudanças no que tange as necessidades de armazenamento e processamento de dados, motivados pelo surgimento de  novas tecnologias como 5G, IoT, veículos autônomos, Inteligência Artificial e realidade aumentada.

O que parecia ser um futuro distante, hoje vem sendo posto em prática e ainda que traga muitos benefícios, traz alguns inconvenientes por conta do grande volume de dados gerado e pela rapidez que exige que esses dados sejam processados. Estamos também vivendo uma descentralização dos dados para aproximá-lo ao “extremo”, trazê-lo para a Edge, ou seja, processar esses dados onde eles de fato são produzidos, e é aí que surge a necessidade de aplicarmos os conceitos de Edge Computing e  Edge Data Center.

Ressaltando que a Edge não se trata apenas de um ponto geográfico específico, não é apenas um produto ou serviço. A Edge é uma estratégia de implementação que combina todos esses fatores. Uma estratégia que combina baixa latência, alta largura de banda e tecnologias 5G que ajudam a entregar serviços e automação antes impensáveis. Estamos falando de bilhões de dispositivos IoT, sensores e máquinas entregando automação e serviços em casas, varejo, hospitais, escolas, fábricas e etc.

Por outro lado, a Inteligência Artificial será amplamente usada no data center, assim com a Automação. As tecnologias que irão mudar o data center como conhecemos hoje são: Storage-Class Memory, que permitirá um acesso mais rápido aos dados; Silicon Phoonics, Data Centers Microgrids; Software-Defined Power; Data Center Management-as-a-Service (DMaaS); Chiler-Free Data Centers; Distributed Resilency; Direct Liquid Cooling e Open Source Infrastructure. Para seguir competitivos, os líderes de tecnologia precisam atualizar e modernizar sua infraestrutura existente, assim como profissionalizar seus equipes e explorar os modelos de Cloud e Edge Computing.

Novidades que a DCD trará em 2020  

O mercado de data center vive em constante transformação. A evolução do congresso da DatacenterDynamics ao longo de 12 anos reflete as mudanças tecnológicas na região e dos projetos, que o longo desses anos foram colocados em prática. O congresso evoluiu não apenas em relação as temáticas, mas também no formato das atividades.  

A cada edição trazemos uma novidade para que os profissionais possam aprender, compartilhar experiências e fazer networking. Com base no feedback de novos clientes, está claro para nós que a qualidade do evento é o fator mais importante, o que garante que os participantes do congresso possam estar em contato com os principais players da indústria de data center. Por isso, nossos eventos evoluem para garantir a participação dos principais tomadores de decisões e de participantes que decidem como empregar orcamentos.

Na DCD, nos encarregamos de pesquisar as áreas de interesse e os desafios do setor e assim, compartilhamos informações relevantes. Mediante este estudo de mercado, apresentamos um formato que permite a contato direto com importantes players, de maneira dinâmica, interativa e eficiente, criando assim um congresso vanguardista de alto nível, com palestrantes líderes de opinião em cada mercado onde o congresso é realizado. Nesta última edição, convidamos a todos os participantes a valorizar as novas temáticas e serviços VIP, que garantem o networking.

Conectividade, agilidade e disponibilidade são os fatores essenciais para criar o futuro digital, tanto para empresas privadas quanto para organizações públicas. Temáticas como Transformação Digital, Edge Data Center, Eficiência Energética, Cloud, IA e Automação terão um lugar de destaque em 2020.