Reunindo as características fundamentais para suportar as operações de Cloud, o Data Center Híbrido contempla a conectividade dedicada a alta performance entre dois ou mais data centers geograficamente isolados, bem como a disponibilidade de infraestrutura para ambientes mais tradicionais de Hosting e Colocation, que permitam ainda a combinação entre todos estes ambientes (Colocation e Cloud).

Atuando de forma agnóstica, o Data Center Híbrido permite que clientes finais estabeleçam a integração e continuidade de negócios mesmo para cenários que apresentam aplicações legadas, monolíticas e modernas. Outro ponto característico dos data centers híbridos, é ofertar a conectividade direta e privada com os principais players de Nuvem Pública do mercado. Atenta a esta nova tendência no setor, a DCD vem fomentando o tema no setor e conversando com empresas, que direta ou indiretamente atuam na indústria de data center. Uma delas é Vivo, que faz parte do grupo espanhol Telefónica, que no Brasil possui quatro data centers. Em entrevista, Adriano Pereira, head de Marketing e Produtos Digitais B2B da Vivo, fala sobre o futuro do Data Center Híbrido no Brasil.

DatacenterDynamics: Qual é o futuro do Data Center Híbrido e por quê?

Adriano Pereira: Vislumbramos um futuro otimista para este tipo de infraestrutura. Historicamente temos observando uma crescente de clientes que cada vez mais compreendem que a Cloud não servirá como uma solução exclusiva para o funcionamento de suas cargas trabalho. É evidente que as melhores estratégias, sejam do ponto de vista financeiro ou técnico,  estão sempre baseadas na combinação de ambientes tradicionais, modernos e também com outros provedores.

DCD: As empresas brasileiras estão preparadas para uma estratégia híbrida?

A. P.: Percebemos que há uma grande preparação para este modelo nas grandes empresas, pois são estruturas corporativas que dispõem de know-how e corpo técnico de TI avançados e que já capturam as vantagens que este modelo entrega, bem como nas médias empresas que costumeiramente utilizam a TI como vetor de crescimento. Coincidentemente, estas foram empresas que de uma forma natural enfrentaram pouca ou nenhuma dificuldade para permitir que suas equipes atuassem remotamente durante as últimas semanas, em que o isolamento social foi uma realidade em muitas regiões do país. Nas pequenas empresas, ainda há pouca adoção do modelo hibrido, embora existam grandes oportunidades para este nicho, o que vai possibilitar a otimização de processos e economias de custo significativas.

DCD: Em que estágio se encontra a adoção do Data Center Híbrido no Brasil ?

A.P.: Uma boa parcela das empresas que iniciaram a jornada para a nuvem há mais de 1 ano já concentram suas operações em cenários híbridos. Entretanto, notamos que ainda é comum encontrarmos empresas que no estágio inicial da jornada para a nuvem estudam concentrar suas cargas e operações em uma única plataforma ou infraestrutura, o que traz significativos riscos futuros.

DCD: Quais são as vantagens de ter um Data Center Híbrido?

A. P.: Mobilidade de aplicações, que não ficam restritas a uma infraestrutura especifica, alta disponibilidade e redundância de recursos e serviços, que garantem continuidade do negócio, sobretudo para ambientes críticos.

DCD: Quantos data centers a empresa possui no Brasil?

A. P.: Temos quatro data centers comerciais operando no Brasil. Temos previsão de ampliação através de aliança industrial com outros players do mercado.

DCD: Como a Vivo avalia o setor de data center brasileiro hoje?

A. P.: O mercado de data center no Brasil cresce a cada dia. As ofertas de data centers virtuais/cloud e outras ferramentas e uso de aplicações impulsionam a contratação destes serviços.

As empresas estão buscando cada vez mais os data centers por maior segurança digital, disponibilidade de recursos, infraestrutura confiável, redução de custos, simplificação dos processos de gestão de TI e nível de escalabilidade e competitividade.