Em parceria com a Universidade Internacional da Flórida (FIU) dos EUA, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Brasil e a Rede Terciária de Educação e Pesquisa da África do Sul (TENET/SANReN), a Angola Cables anuncia a ativação de uma rota digital entre as Américas até a África, para promover colaboração entre redes científicas e acadêmicas em nível intercontinental. A rota terá capacidade inicial de 100Gbps e será conectada por meio dos cabos submarinos Monet, SACS e WACS pertencentes à multinacional. Estas iniciativas fazem parte do projeto da Américas África Research and Education Lightpaths (AARCLight).

A Angola Cables, o centro de excelência em pesquisa desenvolvido pela Universidade Internacional da Florida (Ampath) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa do Brasil, já estavam conectadas, inicialmente a 200Gbps, por meio do cabo Monet. Agora, com o projeto Amlight-SACS, a nova rota de 100Gbps será estendida desde Fortaleza, no Brasil (cidade onde atraca o cabo SACS e se situa o Data Center AngoNAP da multinacional), até ao ponto de troca aberto (ZAOX) na Cidade do Cabo, na África do Sul. A conexão trará benefícios com relação à redundância e à resiliência da conectividade entre a rede de entidades de pesquisa e educação, fornecendo uma rota transatlântica direta e exclusiva entre a comunidade científica de ambos continentes.

O Data Center AngoNAP Fortaleza, pela sua localização estratégica, se posiciona  como um ponto central na ligação e interconexão entre as Redes acadêmicas dos EUA e suas entidades parceiras da África, através do Nordeste do Brasil, e pelo suporte da infraestrutura de sistemas de cabos submarinos da Angola Cables.

“É com bastante orgulho que a Angola Cables se associa a este importante projeto, sendo a nossa rede de cabos submarinos o ativo essencial na ligação intercontinental entre as entidades científicas. O link dedicado irá fomentar a pesquisa e o desenvolvimento, bem como o trabalho colaborativo entre a comunidade científica Américas – África. Os benefícios deste projeto - e o que pode ser alcançado, é particularmente relevante no momento em que o mundo precisa trabalhar em conjunto para encontrar soluções para problemas globais, como por exemplo a cura para a pandemia da Covid-19. Em termos práticos, foi disponibilizado um link de 100G onde acadêmicos, cientistas e educadores em todo o mundo, podem colaborar na busca de soluções adequadas para questões voltadas para nossa sociedade." afirma António Nunes, CEO da Angola Cables.

"Desde o seu lançamento, há 30 anos, como projeto de rede acadêmica, a RNP sempre apoiou a colaboração internacional com iniciativas semelhantes no mundo todo. A recente disponibilidade da ligação de alta capacidade entre Fortaleza e Luanda (Angola) via cabo submarino SACS, nos forneceu finalmente uma conexão física direta entre a América Latina e a África, que complementou os laços já existentes do Brasil com os EUA e a Europa. O novo eXchange da América do Sul em Fortaleza vai integrar a RNP, RedClara e muitas outras redes globais de pesquisa e educação. Essas rotas de baixa-latência para a África vão incentivar um maior engajamento e proximidade das Américas, com os parceiros africanos em matéria de educação, pesquisa, desenvolvimento e atividades culturais", disse Nelson Simões, CEO da Rede Brasileira de Ensino e Pesquisa (RNP).

"A AARCLight e a AmLight-SACS tiveram sucesso devido à forte e consistente colaboração entre os parceiros. Ligar os EUA, o Brasil e as nações da África, para apoiar de forma robusta toda uma rede de pesquisa e educação através da rota do Atlântico Sul, é o culminar de três anos de planejamento e execução. Otimizar as conexões tecnológicas e sociais em muitas disciplinas científicas, incluindo astronomia, biodiversidade e a genômica, é antecipar e acelerar a taxa de novas descobertas na ciência, ao mesmo tempo que se disponibiliza uma plataforma de networking para todos os envolvidos nessa colaboração.", diz Heidi Morgan, co-principal investigador e líder do projeto AmLight-SACS.

“A conectividade do SACS entre Brasil e Angola abre novas oportunidades de colaboração entre as comunidades de pesquisa e educação na África, na América Latina e nos EUA, com menor latência do que em rotas anteriores. Além disso, oferece a oportunidade de se avançar com o plano de se estabelecer um Ponto de Intercâmbio Global em Lagos (Nigéria), usando os sistemas de cabos submarinos SACS e WACS", disse Boubakar Barry, CEO da West and Central African Research and Education Network (WACREN).

"O TENET está honrado em ter feito parte deste projeto e estamos muito satisfeitos que ele esteja se concretizando. Os problemas e desafios da pesquisa dependerão, no futuro, de colaboração e multi-parceiras em nível intercontinental como esta. Estamos especialmente satisfeitos que os pesquisadores africanos tenham benefícios substanciais com o projeto", disse Duncan Greaves, CEO da Rede de Ensino E Pesquisa Terciária da África do Sul (TENET).