Se você se aprofundar na história da computação em nuvem, poderá traçar suas origens no início da década de 1990, embora ainda fosse bem embrionário e tenha permanecido assim até a virada do século.

Mas foi 2006 que o ex-CEO do Google, Eric Schmidt, introduziu o termo que toda a indústria começou a repetir. Estava aí o início de um caminho sem volta.

A década de 2010 foi inquestionavelmente a década da nuvem em que o incipiente mercado explodiu num fenômeno global de 227,8 bilhões de dólares. Fornecedores de nuvem como Amazon, Microsoft e Google alcançaram o topo de qualquer lista das empresas e marcas mais valiosas do mundo. Tudo isso levou o setor de data center a passar por numerosas mudanças desde então.

Em particular, a nuvem apresentou uma alternativa ao data center corporativo que foi o arquétipo do setor por cerca de 20 anos. As incursões precoces e cautelosas na nuvem finalmente deram lugar a uma migração significativa. Por conta disso, mais do que alguns obituários foram escritos para muitas instalações comerciais.

Mas algo interessante aconteceu no caminho para o funeral. Conforme as organizações se adaptavam a cloud, seus data centers também o faziam. Eles se tornaram menores, mais eficientes e até mais de missão crítica. Agora, as instalações empresariais estão se tornando o hub de uma nova e híbrida rede de arquiteturas que incorpora recursos de Cloud computing público e privado e de Edge Computing distribuído.

O rápido e o flexível

Um novo relatório: "O Data Center Moderno: como o TI está se adaptando às Novas Tecnologias e à Hiperconectividade", aborda diversos tópicos relacionados a essa tendência. O relatório é resultado de uma pesquisa com 150 executivos e engenheiros de vários setores ao redor do mundo.

Talvez o ponto mais alarmante do relatório se relacione a uma crença amplamente difundida de que as organizações não estão totalmente preparadas para os atuais ecossistemas de data centers que estão evoluindo.

Os data centers se adaptaram a Cloud Computing

Apenas 29% dos tomadores de decisão em data centers dizem que suas instalações atuais estão atendendo às suas necessidades, e apenas 6% dizem que seus data centers estão atualizados além destas necessidades. Investigando mais profundamente, apenas 11% dos executivos dizem que seus data centers são atualizados proativamente – o que já é suficientemente perturbador -, mas os engenheiros têm uma visão ainda mais negativa: apenas 1% dos engenheiros dizem o mesmo.

Essas preocupações são agravadas por cargas de trabalho que estão expandindo e se tornando mais distribuídas. Essas realidades colocam um valor maior na flexibilidade e na velocidade pois, independentemente dos obstáculos, os usuários demandam transições harmoniosas e acessibilidade.

Outros resultados da pesquisa dignos de nota:

Segurança (43%), prontidão para backup e emergências (33%), a capacidade para implementar novas tecnologias (28%) e a largura de banda (27%) são as características mais comumente identificadas como as que darão uma vantagem competitiva. 45% dos participantes disseram que segurança era a área na qual seus data centers mais precisavam de uma atualização.

As empresas ainda se recusaram a abrigar todos os seus dados em servidores na cloud.

Google

Os participantes foram otimistas em relação a autoconfiguração e ao self-healing. 24% disseram que mais da metade de seus data centers serão autoconfiguráveis até 2025 e 32% disseram que a metade seria self-healing.

74% dos executivos do C-level acreditam que a mão de obra será reduzida ou assumida por fornecedores de serviços de cloud ou de edge externos.

A grande conclusão

Um novo equilíbrio está surgindo entre as nuvens públicas e privadas, as implementações de edge e as instalações empresariais reconfiguradas.

As mudanças, guiadas pelo aparentemente ilimitado apetite por dados, estão acontecendo tão rapidamente que várias organizações estão lutando para acompanhá-las e determinar onde devem colocar suas fichas. Isso está criando mal-estar e incertezas amplamente difundidas entre os tomadores de decisão e colocando um alto valor em parceiros que possam entregar expertise e planejamento para ajudar a navegar nesse novo mundo.

*Angie McMillin é vice-presidente de iniciativas de negócios da Vertiv.