É fato que a pandemia da Covid-19 fortaleceu o papel da Computação em Nuvem como aceleradora de negócios e forçou as empresas a se adaptarem em uma velocidade meteórica. A importância da continuidade dos negócios abrange todos os setores e abalou o mundo dos negócios, que teve que mergulhar rapidamente na Transformação Digital e no uso da nuvem para sobreviver e prosperar.
“O que teria levado vários anos para ocorrer aconteceu de uma semana para outra por causa da pandemia. Mas, à medida que as empresas caminham para o próximo capítulo de sua reinvenção digital, 75% de suas cargas de trabalho de missão crítica, como por exemplo, sistemas bancários e cadeias de suprimento, ainda precisam ser movidas para a nuvem”, comenta Thiago Viola, Cloud Platform Country Leader da IBM Brasil. Segundo ele, o sucesso das empresas que começaram sua migração para a nuvem agora irá depender da velocidade de aplicação da tecnologia para melhorar experiências, lançar novas ofertas e repensar como o trabalho é feito.
“Há ainda o desafio da gestão dos ambientes de nuvem nas organizações. Após muitas implementaram seus planos de migração para a nuvem e à medida que as transformações e inovações digitais se aceleram, as infraestruturas de TI das empresas tendem a se tornar mais complexas, com aplicativos em execução em diferentes locais, como nuvens públicas, on premise e em edge”, completa o da IBM, que será um dos palestrantes do "DCD>Brasil | Building at Scale", evento que acontece nos dias 12 e 13 de maio deste ano. Para realizar sua inscrição gratuitamente, clique aqui. O Cloud Platform Country Leader da IBM, que comandará o painel, que tem como título: “Nuvem Multizona: a construção de estratégias de nuvem mais resilientes e o papel do Brasil no cenário global”, lista aqui as oportunidades e os benefícios trazidos pela cloud. Leia, a seguir.
DatacenterDynamics: Qual é a receita para construir uma estratégia de nuvem mais resiliente no “novo normal”?
Thiago Viola: Estamos vivendo uma nova realidade de interação, consumo e até de uso da tecnologia, que obrigatoriamente vem acompanhada de uma estratégia de nuvem que suporte todos esses anseios.
Não há dúvida de que a resiliência corporativa se consolida como essencial para atravessar este ponto de inflexão para os negócios emergirem mais fortes e sustentáveis.
Diante deste cenário, a nuvem traz em sua essência oportunidade de escalabilidade vertical ou horizontal, robustez em performance de aplicação, flexibilidade de consumo e interação, ferramental e funcionalidades diversas. Dessa maneira, as novas demandas de negócio e de mercado serão supridas com agilidade, garantindo a continuidade dos negócios.
DCD: Computação em Nuvem deve ser prioridade para a estratégia digital?
T. V.: A nuvem é uma aceleradora da Transformação Digital das empresas e um pilar fundamental dos negócios para o mundo híbrido e de Inteligência Artificial. Como plataforma, habilita recursos e o acesso a outras tecnologias com base em uma estrutura em rede global, que pode dar suporte à sua estratégia, independentemente da etapa na qual os negócios se encontram.
De acordo com a IDC, até 2022, aproximadamente metade do PIB latino-americano será digital, impulsionado pelas empresas que avançam em suas jornadas para a nuvem. Todas as empresas precisam ser ágeis e resilientes e a nuvem torna isso possível.
A nuvem habilita a Transformação Digital para todos. A diferença não está no tamanho, tipo ou indústria, pois empresas de todos os portes podem contar com os benefícios da nuvem, seja para prover rapidamente serviços nativos em nuvem ou para migrar ambientes e habilitar novas formas de trabalhar.
DCD: Quando falamos em Nuvem Multizona, qual é o cenário no Brasil?
T. V.: O Brasil é o maior PIB da América Latina, com grande potencial de crescimento para o mercado de Computação em Nuvem. De acordo com a consultoria IDC, quase 43% das empresas pretendem levar algum de seus sistemas de gestão para a nuvem nos próximos dois anos. Somados gastos de infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) em Nuvem Pública, o mercado brasileiro alcançará US$ 3 bilhões em 2021, crescimento de expressivos 46% em relação ano anterior.
Por esse motivo, enquanto o Brasil avança em sua Transformação Digital, seguimos investindo para continuar ajudando as empresas a modernizar, proteger e criar novos aplicativos de negócios na nuvem sem comprometer o controle que elas têm sobre seus dados. Em uma multizone region, oferecemos uma combinação de serviços de Nuvem Pública com capacidade de software e serviços para criação de ambientes híbridos e multicloud.
Para falar dos benefícios de uma multizone region para as empresas brasileiras, vou usar nossa Multizone Region de IBM Cloud, que foi inaugurada em março deste ano, como exemplo. Ao conectar três zonas de disponibilidade remota, todas independentes umas das outras, a IBM dá aos clientes que hospedam cargas de trabalho em sua nuvem a certeza de que quaisquer eventos de falha em potencial afetam apenas uma única zona, o que significa que eles podem executar cargas de trabalho de missão crítica continuamente em ambientes de Nuvem Híbrida e manter os negócios em funcionamento.
As fornecedoras de computação que disponibilizar serviços de nuvem em data centers locais interligados oferecem também uma vantagem às empresas que precisam manter seus dados hospedados no país, por exemplo, companhias de serviços financeiros altamente regulados.