A sucessão familiar sempre foi uma forte tendência no setor de agropecuária, a maioria dos produtores que iniciaram no mercado nas décadas de 70 e 80, agora estão no processo natural de sucessão. As fazendas cresceram e continuam passando de pais para filhos.

Os herdeiros desses empreendedores tiveram outro nível de educação e com certeza estão vindo para assumir o negócio, a fazenda da família, com uma visão diferente. Eles não estão dispostos a fazer exatamente como era ou está sendo feito, estão pensando em novos investimentos com foco em liderança, gestão de pessoas e, principalmente, tecnologia.

Tudo isso tem provocado uma dinâmica de mudança muito grande e rápida no agronegócio. Os novos empreendedores que chegam à agropecuária, procuram uma realidade com fazendas mais autônomas e tecnológicas, possibilitando atenção ao que realmente importa – os negócios.

A concorrência com a agricultura pelo uso da terra, faz com que a pecuária seja estimulada a trazer melhores resultados, ou seja, lucro líquido por hectare. Caso contrário, o produtor acaba arrendando a fazenda para a soja, por exemplo.

Além disso, a oscilação de preços do setor também é um grande desafio. Se antes a pecuária era um negócio muito estável, com margens melhores, hoje tem uma volatilidade de preços iguais aos dos grãos. Isso faz com que o produtor seja muito mais profissional, tendo que fazer gestão de riscos, acompanhar os números de perto e gerenciar os custos.

A corrida pela sustentabilidade também está cada dia mais acelerada pela consolidação do Brasil como exportador, portanto, a pecuária mais sustentável, de acordo com as tendências de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), é fundamental para sair na frente. A Prodap, por exemplo, está cada vez mais ligada a este movimento, recentemente, anunciou nova parceria para a comercialização de créditos de carbono aos produtores que desejam colaborar de alguma forma com o meio ambiente.

Essas tecnologias se somam e mostram que a pecuária está no caminho certo. O uso de sensores, imagens por satélites, visão computacional, entre outras inovações, são tendências para automatizar a coleta de dados e iluminar a fazenda, gerando um novo universo de gestão de dados, que antes não eram medidos ou quantificados.

Outra novidade que também começa a surgir fortemente como uma grande tendência é o uso da Inteligência Artificial. A Lore, que já está sendo utilizada em fazendas-piloto tem gerado ótimos resultados. Essa tecnologia varre a base de dados para gerar um alerta ou um insight do que a fazenda deve fazer para poder corrigir problemas e trazer a gestão para o hoje.

O que todo produtor deseja é saber o que está acontecendo de errado na micro rotina diária, o que está errado hoje, para poder tomar uma decisão rápida, garantindo que os resultados esperados sejam atingidos no amanhã.

E essa é também a nossa filosofia. Caminhar lado a lado com a tecnologia para que esteja junto do produtor e dos vaqueiros cada vez mais, criando, assim, um ecossistema integrado na agropecuária, que se faz mais do que necessário para conquistar o avanço que o setor precisa, almeja e é capaz de atingir.