Todo mundo sabe que a Transformação Digital é real. De acordo com a PTC, 70% das organizações têm uma estratégia de Transformação Digital ou estão trabalhando em uma. A Transformação Digital está se tornando a iniciativa estratégica de negócios revolucionária para empresas que buscam ganhar participação, aumentar a receita e a lucratividade.

E todos sabem que ESG também é real: iniciativas ambientais, sociais e de governança estão se tornando um fator essencial das operações diárias. Em 2020, 88% das empresas de capital aberto, 79% das empresas apoiadas por venture e private equity e 67% das empresas privadas tinham iniciativas ESG.

ESG é essencial, não apenas porque é importante que as organizações façam o que podem para salvar o planeta e melhorar as comunidades, mas de acordo com a Accounting Review, uma forte proposta ESG se correlaciona com maiores retornos sobre o capital, tanto do ponto de vista do investimento quanto de fomento.

Portanto, temos dois grupos de iniciativas de negócios: Transformação Digital e ESG, ambas importantes, ambas prioritárias e ambas as áreas em que as partes interessadas esperam sucesso. No entanto, há um problema. É uma verdade pouco conhecida que, no mundo atual, as iniciativas de Transformação Digital podem impactar negativamente os resultados ESG.

Parece controverso? Bem, não deveria

Para obter a Transformação Digital correta, as organizações estão mudando para o que é chamado, no mercado de ideias, de TI 4.0, distribuído em milhares de endpoints, nós de Edge Computing, Data Centers e nuvens. Essas infraestruturas distribuídas oferecem às organizações os recursos necessários para fornecer serviços revolucionários, como cidades inteligentes e varejo omnichannel.

Para obter o ESG correto, sob o pilar ambiental, as organizações devem quantificar o impacto de sua pegada de TI, porque não podem gerenciar o que não podem medir. E há um pequeno segredo no mundo de TI: todas as medidas de pegada de TI são desatualizadas, falhas e não permitem que as organizações entendam os impactos ambientais e sociais de sua infraestrutura digital.

Provavelmente não. Afinal desde 2007, o setor de data center tem uma métrica de consumo de energia chamada PUE, que em média girava em torno de 2,5 em 2007 e hoje é de 1,6. Quase todas as organizações reconhecem que medir a PUE e fazer esforços para reduzir o consumo de energia é um dos objetivos prioritários do negócio.

O problema é que a Transformação Digital exige que as organizações acrescentem mais capacidade de Edge Computing, Data Center e Computação em Nuvem. E mesmo quando estas adotam tecnologias com baixo PUE, o PUE leva em conta apenas o consumo de energia. Ele ignora, entre outras considerações estes fatores:

Fontes de energia: dois data centers podem ter o mesmo PUE, mas se um usa energia renovável e o outro usa energia derivada de carvão, os impactos ambientais do mundo real são muito diferentes.

Consumo de água: à medida que os custos e a complexidade do resfriamento mecânico aumentam, os operadores de Computação em Nuvem e Data Centers passam a depender mais do resfriamento evaporativo (usando água) para reduzir as temperaturas operacionais e os custos de suas instalações. Infelizmente desde 21 de junho deste ano, 39,84% dos EUA e 45,38% dos 48 estados mais baixos estão passando por um período de seca. As comunidades estão rejeitando os data centers porque o consumo de água do data center não é sustentável.

Materiais: os novos Data Centers consomem grandes quantidades de matérias-primas, incluindo concreto, o material mais destrutivo do planeta.

Uso do solo: muitos novos Data Centers são construídos em locais inexplorados, destruindo recursos naturais, incluindo solo e madeira. Os Data Centers construídos em locais abandonados (nota do editor: programas que usam e aproveitam uma instalação existente) são mais ecológicos. Observando essas considerações ambientais, fica claro que o PUE é uma métrica limitada e, com base no princípio de que você não pode gerenciar o que não pode medir, é preciso uma nova métrica que meça a utilização total de recursos de um Data Center ou Nuvem.

Quais são algumas das características de tal métrica?

É preciso que tal métrica inclua todas as informações relevantes do sistema, não apenas a energia. Idealmente, seria necessária uma abordagem de gerenciamento de todo ciclo de vida do Data Center para avaliar todas as entradas e saídas de TI, incluindo fontes, impacto ambiental de curto e longo prazo, contaminação e descarte de material após a desmontagem do equipamento.

Também é preciso que esta nova métrica seja padronizada, universal e transparente. A medição ESG atual tende a ser proprietária, pode ser facilmente manipulada e dificulta a comparação dos esforços de uma organização com outra. Conselhos e investidores querem entender como a Transformação Digital e as iniciativas ESG estão progredindo, e uma medida amplamente adotada ajudaria.

Por último, uma organização de "código aberto" imparcial deve ser a proprietária. Não é útil para uma corporação ter uma métrica padrão. Pode haver espaço para uma parceria público-privada ou consórcio para definir, criar e refinar a métrica.

A Nautilus vem trabalhando para direcionar o foco sobre essa medição, decidindo o que medir para que qualquer fornecedor de TI tenha critérios padronizados.

Nosso objetivo é oferecer às organizações uma maneira melhor de entender e gerenciar sua pegada de TI, reduzindo o impacto que a TI tem nas comunidades, países e no mundo. Queremos um mundo onde a TI não atrapalhe as iniciativas ambientais e sociais.

A Nautilus, preocupa-se com a velocidade da comercialização e redução do impacto na natureza para permitir os melhores resultados para o seu negócio e para o meio ambiente.