A Um Telecom lidera uma nova era na infraestrutura digital do Nordeste, com um investimento estratégico de R$ 41 milhões aprovado pelo BNDES para a construção do primeiro data center tier III de Pernambuco, assegurando excelência em infraestrutura, máxima segurança operacional, além de alta disponibilidade em energia e climatização.
"Pernambuco possui uma posição geográfica extraordinária, central no Nordeste," explica Rui Gomes, CEO da Um Telecom. "Nossa localização permite uma latência de apenas 13 milissegundos para 90% da população da região, aproximadamente 50 milhões de pessoas. Estamos prontos para nos tornar um hub de dados vital para o Brasil."
Com a proliferação de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), que exige uma capacidade de processamento gigantesca e um consumo de energia elevado, a demanda global por data centers deve crescer exponencialmente nos próximos anos. Para se ter uma ideia, uma pesquisa no ChatGPT consome, em média, 10 vezes mais energia do que uma busca no Google.
Nesse cenário, o Brasil tem um potencial significativo para se beneficiar, mesmo com uma participação tímida no mercado global de data centers. Ao contrário dos EUA e da Europa, que enfrentam desafios relacionados à oferta de energia e água, além de novas regulações de eficiência energética e emissões de carbono, o Brasil possui condições favoráveis para atrair investimentos nesse setor.
“O país se destaca pela geração de energia limpa, ampla disponibilidade de energia, eficiência de custos e grande oferta de água, essencial para o resfriamento dos data centers. Essas vantagens competitivas posicionam o Brasil como um destino atrativo para investidores que buscam locais com infraestrutura adequada e recursos confiáveis para a expansão de data centers”, enfatiza Gomes.
De acordo com o Relatório STAR: Data Centers' Exponential Growth and Opportunities for Brazil, publicado pelo Banco Santander, o mercado brasileiro de data centers atingiu US$ 4,6 bilhões em 2023, uma participação de 1,4% do mercado global. A estimativa é que cresça para US$ 6,5 bi em 2028, um CAGR de 7,1% (superior ao crescimento do mercado). O documento destaca também que as companhias com data centers no Brasil têm vantagem competitiva, já que em termos de energia elétrica, só 15% das fontes do Brasil são consideradas não-renováveis, em comparação a uma média global de 61%.
Investimentos no Nordeste
Nos últimos anos, o Brasil vivenciou avanços significativos em tecnologias de armazenamento e distribuição de dados. Fortaleza, em particular, tem sido o foco de investimentos substanciais. A capital cearense, com sua rede de cabos submarinos, se tornou um hub crucial, mas o Nordeste, em geral, apresenta um potencial ainda maior devido à sua capacidade de gerar energia renovável.
Rui Gomes enfatiza a necessidade de um esforço colaborativo entre governos e o setor privado para maximizar o potencial de Pernambuco. "A infraestrutura crítica deve ser uma prioridade nas agendas de governos e empresários. A presença de mais data centers não só irá atrair investimentos em cabos submarinos, mas também fortalecerá a posição de Pernambuco no cenário da nova economia digital. Isso criará um ecossistema robusto que poderá colocar Pernambuco como um protagonista no mercado de dados regional, um papel atualmente dominado pelo Ceará”, explica.
Data center da Um Telecom
A ativação do data center Tier 3 deve acontecer até o final de 2025, quando da entrega da primeira fase, que tem capacidade para até 150 racks e potência útil de TI de até 1 MW, em um Data Hall. O projeto será executado no Parque Tecnológico (Parqtel) do Recife, localizado no bairro do Curado, em uma região que conta com três importantes rodovias federais (BR-232, BR-408 e BR-101). Isso facilita a logística de equipamentos, além de contar com redes de fibra óptica ao longo dessas estradas e, ainda, as redes de transmissão de energia estarem próximas. O local está, por exemplo, muito perto de uma subestação de energia da distribuidora local e, também, da geradora Chesf.
O data center será o primeiro de grande capacidade (mais de 150 racks disponíveis) com a classificação Tier 3 no estado. Em operação, a estrutura terá amplo espaço no local para instalação de outras empresas que farão parte do ecossistema, o que permitirá a disponibilização de serviços digitais em diversos segmentos (computação em nuvem, 5G, cyber segurança, Internet das Coisas, entre outros).