Na quarta-feira, 04 de setembro, a SoftwareOne realizou um evento em seu escritório em Alphaville, São Paulo, para jornalistas da área de tecnologia para mostrar as funcionalidades de um laboratório criado pela empresa para experimentar a Inteligência Artificial da Microsoft e as possibilidades de uso do Copilot. Durante o evento os executivos da SoftwareOne apresentaram casos de sucesso, contaram a história da empresa e, no final, os jornalistas presentes puderam participar de um laboratório para praticar e entender mais sobre como funciona o Copilot.
A SoftwareOne é uma empresa suíça com mais de 30 anos de existência. No Brasil desde 2007, é uma consultoria especializada em tecnologia. Otávio Argenton, Presidente da SoftwareOne no Brasil, começou sua fala no evento explicando que o escritório serve para ocasiões especiais, como treinamento, reuniões com clientes e que não é necessário que os funcionários venham presencialmente todos os dias. A SoftwareOne, diz Otávio, trabalha com tecnologia da informação e ajuda a otimizar os gastos dos clientes em tecnologia, fazendo com que o retorno do seu investimento seja potencializado. Sendo especializada em gestão de nuvem, a empresa faz com que seus clientes tenham uma melhoria da produtividade do ambiente de trabalho. Em um gráfico, Otávio Argenton mostrou que 86% das empresas não estão prontas para usar IA nos negócios, 55% dos líderes dizem que o problema é a preparação da companhia, 82% das empresas dizem que o maior desafio após ir para a nuvem é a gestão de custo, 33% do investido em software é desperdiçado e que 72% dos CEOs dizem que a transformação digital foi atrasada por problemas técnicos.
Comentando sobre o lema da empresa – Otimizar para Transformar –, o executivo afirmou que a SoftwareOne trabalha para que seus clientes tenham espaço e fôlego para novos projetos, reduzindo os custos para que o dinheiro poupado seja investido em inovação. E ao falar de inovação invariavelmente a conversa cai na IA. Sobre Inteligência Artificial, Argenton comenta que existem mitos e verdades: a IA mais avançada não é tão simples como dizem e que entre os clientes há os que ficam empolgados e os que ficam aterrorizados com a possibilidade da implementação da IA em seus negócios. Existem alguns passos que devem ser olhados antes de instalar a tecnologia: governança, ética, segurança, dados, vieses e confiança da informação recebida. Além disso, outra questão essencial sobre a Inteligência Artificial é o ESG (Environmental, Social and Governance), uma vez que tudo em relação à IA consome computação e energia Computação é máquina, ou seja, Data Centers gigantescos para lidar com toda essa gestão. E o consumo de energia é enorme.
Ao ser perguntado sobre quem é responsável pela compra dos serviços da empresa e quem é preciso convencer a fazer isso nos clientes, Otávio Argenton disse que a área que aprova, junto com o CFO, é a de negócios – eles é que devem ser convencidos. O setor de negócios precisa entender para que a tecnologia serve e pode ser útil, gerando economia de custos e dinheiro para os orçamentos.
Outro tópico crítico é a questão da análise e governança dos dados. A IA faz análise de dados e, para que possa ser Generativa, é preciso treiná-la com Machine Learning e Deep Learning. A qualidade dos dados é absolutamente essencial para que o treinamento da IA Generativa seja bem-sucedido. Em muitas empresas os dados não estão estruturados, encontram-se espalhados em diversos locais de armazenamento. As organizações precisam entender que antes de implementar qualquer solução baseada em IA antes é preciso ter uma infraestrutura organizada e dados estruturados para que a IA possa consumi-los. O próximo passo é estabelecer como a IA será consultada para utilizar esses dados, quem vai consumir a IA – a pessoa vai consumir da maneira como foi pensado? – O usuário, diz Argenton, também precisa ser treinado.
Samir Chuffi, Microsoft Business Unit Director na SoftwareOne, afirmou que hoje as empresas já controlam a área de seus documentos mais sensíveis. Ele diz que o treinamento e o entendimento da tecnologia são essenciais, pelo enorme risco de segurança, afinal dados sensíveis e sigilosos da empresa podem ir para a rede pública.
Antes que os jornalistas participassem do laboratório em Copilot, Eduardo Prazeres, Gestor de Pessoas (P&C Lead Brasil), e Yago Brant, Gerente de HRBP, fizeram uma demonstração da SofIA, a assistente virtual da SoftwareOne que otimiza a relação da empresa com os colaboradores, como demissão e admissão de funcionários. É uma solução que pode ser implementada nos clientes, uma vez que a SoftwareOne não vende a SofIA, vende a tecnologia que torna possível criar uma assistente virtual nos mesmo moldes.
Após a apresentação da SofIA, os jornalistas presentes no evento puderam participar do laboratório sobre Copilot. Em uma demonstração simples, os presentes foram convidados a escrever em um chat seu nome, profissão, veículo e o que pretendiam saber sobre o Copilot. Com um comando a IA da Microsoft pode separar o que cada um falou sem a necessidade de uma busca exaustiva. A quantidade de pessoas no laboratório era pequena, mas extrapolando para uma base de dados de milhares a utilidade fica mais clara. A SoftwareOne mostrou como o Copilot pode ajudar na preparação para uma reunião ao listar o que já foi dito e escrito sobre o assunto em questão. A tecnologia também pode ser utilizada para comparar contratos diferentes sobre determinada prestação de serviços ao elencar, por exemplo, o que cada contrato fala sobre multas, orçamentos e serviços ofertados. As possibilidades de uso são inúmeras. A questão, como sempre com o que relacionado à IA Generativa, é a qualidade dos dados que serão usados pelo Copilot para gerar suas soluções e a correta governança para que não sejam utilizados de maneira errada e caiam em redes públicas.
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