A Petrobras iniciou a montagem de um novo supercomputador, o Pégaso, que supera em capacidade o Dragão e Atlas, os dois maiores supercomputadores da América Latina, que também pertencem à empresa. O Pégaso tem capacidade de processamento equivalente à soma de seis milhões de telefones celulares ou de 150 mil laptops modernos. O investimento em computação de alto desempenho, HPC, na sigla em inglês, permite a aplicação de técnicas no processamento de dados geofísicos e geológicos que reduzem riscos geológicos e operacionais, assim como o tempo entre a descoberta de um campo e início da sua produção.

Conteudo27053.jpg

Ampliar a capacidade de processamento de dados permite à Petrobras gerar imagens da subsuperfície cada vez mais nítidas das áreas mapeadas para exploração de petróleo e gás natural, e reduzir o tempo de processamento dessas informações. Isso contribui para otimizar a produção, aumentar o fator de recuperação das reservas atuais e maximizar a eficiência dos projetos exploratórios da companhia.

O investimento em máquinas que acelerem o processamento de dados geofísicos e as simulações de fluxos em reservatórios da companhia é essencial para viabilizar programas estratégicos como o EXP100, que visa alcançar 100% de uso dos dados e conhecimento nos projetos exploratórios, e o PROD1000, que tem por meta reduzir os prazos para início da produção de um campo.

O Pégaso aumentará a capacidade atual de processamento da companhia de 42 para 63 Petaflops. Esse potencial é importante para habilitar as iniciativas de tecnologia digital, em benefício da eficiência das operações, tornando a empresa mais resiliente às mudanças de cenários de negócio.

Quando se trata de HPC os números acompanham a performance. O Pégaso tem capacidade de processamento de 21 Petaflops, quase a soma do Dragão (14 Petaflops) e do Atlas (8,9 Petaflops) juntos. São 678 terabytes de memória RAM e rede de 400 gbps, além de 2016 GPUs - Grafic Process Units, na sigla em inglês.  

petrobras1.png

Para transportar as 30 toneladas de componentes do Pégaso até a sua locação, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, foram necessários 32 caminhões. Quando todas as estruturas (racks) que abrigam os componentes estiverem prontas, formarão uma fila com comprimento total de 35 metros. O processo de montagem poderá durar até três meses e, depois disso, a máquina ainda passará por ajustes finais, com instalação de sistema operacional e softwares, bem como um período em operação assistida. A previsão é de que esteja operando em plena capacidade em dezembro deste ano. O Pégaso foi projetado e será implantado considerando-se também o critério de eficiência energética.