O ESG (ambiental, social e governança, em português) já está no radar das grandes empresas. Tanto que 74% das companhias listadas em bolsa planejam aumentar o orçamento de ESG em 2022, segundo levantamento da Deloitte & IBRI. E a ODATA, provedora brasileira de data centers, decidiu ir além: criou a área de EHS – Environment, Health and Safety e definiu metas para que as pautas ambientais, de saúde e segurança permeiem a atuação de toda a empresa, da contratação de colaboradores e fornecedores, aos contratos com novos clientes.

A estrutura de um centro de processamento de dados demanda engenharia, planejamento e manutenção operacional em grandes volumes para atender às altas demandas de processos contínuos. Se por acaso, o ecossistema não for conduzido de maneira adequada, um ambiente feito para equipamentos de informática pode não ser tão seguro para os funcionários quanto deveria ser.

Por meio de indicadores, relatórios e melhorias contínuas de processos, a ODATA assegura que os requisitos de padrões internacionais são seguidos. As medidas já começam ao projetar novos data centers para que as construções sejam sustentáveis e com alta eficiência energética. “Além disso, enquanto não temos uma equipe própria no data center, mapeamos fornecedores locais alinhados aos nossos princípios, para monitorarem as questões de EHS, como indicadores de treinamentos, condições de riscos, taxas e frequências em todos os sites nos quatro países onde atuamos, Brasil, México, Colômbia e Chile”, explica Carlos Salata, Gerente de EHS e Qualidade da ODATA.

Em cada país a empresa segue as regras ambientais locais e passa por diversas auditorias, mas independentemente das certificações ambientais, como a LEED Gold, concedida ao DC SP01 no Brasil, todas as construções seguem as mesmas diretrizes: captação da água da chuva, sensores de presença para iluminação, sensores nas torneiras que reduzem o consumo de água, circuito fechado de água gelada para refrigeração dos ambientes de TI, painéis solares, abastecimento de carro elétrico, entre outras.

“Atualmente vemos o aumento de demanda de clientes solicitando certificações voltadas a esse tema. Na ODATA, entendemos que é preciso ir além, passando por avaliações externas que comprovam o compliance com os temas de EHS/ESG, necessários para validar que a empresa é o que diz ser,” ressalta Salata.

Para comprovar o comprometimento da empresa com esses compromissos, a área de EHS está sob a responsabilidade do CEO da ODATA, Ricardo Alário. “Os indicadores não financeiros estão ganhando cada vez mais importância nas avaliações das empresas. E dada a relevância do serviço que a ODATA oferece a seus clientes, asseguramos que os requisitos de certificações e relatórios específicos como o Inventário de GEE (Gases do Efeito Estufa) e CDP (Climate Change Questionnaire) sejam cumpridos,” declara Alário.

Segurança e Eficiência Energética

Com a meta de disseminar os temas do EHS e ainda garantir a segurança de todos, foi criado o programa o ODATA+Segura. Por meio de treinamentos, campanhas de conscientização, criação de processos, metas e avaliações, a empresa pretende reduzir e até mesmo zerar acidentes com seus profissionais. “O tema mais crítico e importante, sem dúvida, é o ser humano. Pode parecer clichê, mas com toda certeza evitar acidente com um terceiro, cliente ou colaborador é o mais importante, por isso criamos o ODATA+Segura,” define Salata.

Em tempos de crise hídrica, a eficiência energética é um dos pontos principais para um data center. O ideal é encontrar outras tecnologias redundantes para substituir o consumo excessivo de energia. Fontes de carga paralela como energia eólica, mercado livre e geradores são algumas das ações que são utilizadas para diminuir a falta ou ausência dela. Além disso, os data centers da ODATA usam sistemas de resfriamento de água em circuito fechado com adição de sistema free cooling, que permite usar o frio externo para resfriar o ambiente, resultando em uma economia em torno de 20%, garantindo PUEs (Power Usage Effectiveness) mais baixos. A vantagem deste sistema é não usar processos evaporativos, economizando a utilização de água no sistema de arrefecimento do data center, mirando também um WUE (Water Usage Effectiveness) baixo. Neste caso, quanto menos água for consumido pelo data center por Kw/h, melhor para a agenda ESG.