De acordo com a pesquisa "CIO Survey 2020", recorte América do Sul, produzido pela KPMG, para 17% dos entrevistados a área de infraestrutura foi a que teve mais investimento em tecnologia para enfrentar a pandemia. Outros 14% afirmaram que questões de segurança e privacidade precisaram de mais recursos. Já para 13%, as ações relacionadas à automação foram as que mais receberam investimento durante este período. A pesquisa contou com a participação de mais de 370 líderes da área de tecnologia, com representantes do Brasil (49%), Argentina (16%), Colômbia (8%), Uruguai (8%), Peru (8%), Bolívia, Equador e Paraguai (4%), Chile (3%) e Venezuela (2%).

Segundo o levantamento, para os CIOs sul-americanos, os principais problemas que as empresas buscam resolver no segmento de tecnologia, após o início da crise sanitária, estão relacionados à melhoria na eficiência operacional (21%), no aprimoramento do engajamento do cliente (14%) e na implementação de um desempenho tecnológico estável e consistente (12%). Já antes da pandemia, os líderes da área de tecnologia da América do Sul também indicaram como principal adversidade a melhoria eficiência operacional (23%). Já o engajamento do cliente se manteve em segundo lugar (14%), junto com desenvolvimento de novos produtos e serviços (14%).


"Embora a eficiência operacional continue sendo o principal objetivo a ser atingido, as melhorias destinadas a aumentar a segurança e a confiança, seja do cliente com a marca, seja dos funcionários com a organização, subiram vários degraus entre as novas prioridades, deixando para trás aspectos como desenvolvimento de novos produtos e serviços", explica o sócio-líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da KPMG na América do Sul, Luís Motta.

O estudo também aponta que 54% dos CIOs sul-americanos haviam garantido que antes da pandemia, era esperado um novo aumento nos investimentos em tecnologia das empresas. Entretanto, esse número caiu para 43% com os impactos da Covid-19 no setor. Conforme a pesquisa, esta queda está relacionada à mudança de abordagem que a maioria das empresas precisou adotar para atingir os objetivos de curto prazo frente à crise.

"Em termos gerais, essa mudança significou um crescimento não planejado e sem precedentes nos gastos com ativos tecnológicos, nos âmbitos regional e global. Além disso, precisa-se ressaltar que, com base nas respostas do CIOs entrevistados, os gastos globais em tecnologia da informação aumentaram 5% em média durante os primeiros meses da pandemia", explica.