Espinha dorsal da internet, os data centers são essenciais para conduzir negócios e socializar remotamente. Aliado as vastas redes de interconexão que os conectam, os data centers hoje, são absolutamente essenciais para o funcionamento do mundo. Para o Brasil, são tão importantes hoje, quanto as rodovias foram no passado. Tornaram-se o motor invisível que mantém a sociedade unida e em operação, durante um dos momentos mais difíceis enfrentados pela humanidade, o que fez a demanda por plataformas de conectividade aumentar vertiginosamente.

Como resultado desse aumento da demanda, os data centers foram classificados como "infraestrutura essencial" em todo o mundo e sua equipe como vital para a operação.

Enquanto o mundo continua a lidar com a crise da Covid-19, algumas características do “novo mundo”, como a adaptação universal do trabalho remoto, podem continuar mesmo depois que a ameaça do coronavírus seja dissipada. Sendo assim, é provável que a pandemia tenha acelerado o crescimento já exponencial do uso da internet em longo prazo, o que reafirma a essencialidade dos data centers.

Fabricante que tem como missão resolver os mais importantes desafios enfrentados pelos data centers atuais, a Vertiv reúne hardware, software, analytics e serviços contínuos para garantir que as aplicações vitais dos clientes funcionem continuamente.

“Nos últimos 18 meses de pandemia, em nenhum momento a Vertiv deixou de atender um cliente. Nossas discussões foram todas no seguinte sentido: como proteger nossas pessoas e mantê-las saudáveis? E a gente conseguiu isso”, destaca o vice-presidente da Vertiv LATAM, Rafael Garrido, ressaltando que a Vertiv não deixou de cumprir sua principal função, que é fomentar a missão crítica.

“Diferente de boa parte do mercado, nós entendemos que a nossa organização de serviço tinha uma responsabilidade muito grande nesse período que a gente segue vivendo, que é: não deixar a comunicação de dados hospitalares e de data center como um todo, pararem. A Vertiv teve uma postura muito forte, que foi bem satisfatória, no sentido de ver o quanto a nossa organização de serviço está madura. Tomamos diversas medidas sanitárias, mas não deixamos de fazer o nosso papel que é dar suporte à missão crítica em qualquer condição. O 7x24 foi posto à prova como nunca, nos últimos 18 meses”, complementa o vice-presidente da Vertiv LATAM, que em entrevista, fala sobre as estratégias utilizadas pela empresa para cumprir seu papel, que é fomentar a aplicação de missão crítica no mundo, durante a pandemia. Leia, a seguir.

DatacenterDynamics: Qual é o balanço que a Vertiv Brasil faz dos últimos 10 meses?

Rafael Garrido: A avaliação é muito positiva. O mercado em geral, especialmente Colocation continua acelerado. Se fizermos uma avaliação dos últimos 10 meses, podemos ver que o mercado teve uma explosão de Colocation na América Latina. Isso é bem evidente no Chile, Colômbia, México e Brasil, onde ocorreram algumas aquisições; novas startups surgiram. A gente viu também empresas que estavam explorando o mercado brasileiro de Colocation expandirem do país para o resto da América Latina, e a Vertiv, há exatamente dez meses começou um movimento para tornar-se uma organização, que ao invés de estar organizada por país passou a organizar-se em estrutura de vendas na região. Essa iniciativa acabou ajudando muito a Vertiv a estar pronta para suportar o movimento que os nossos clientes começaram a fazer, que foi crescer por toda América Latina.

Se olharmos os índices de crescimento de Colocation fora do Brasil, nos países da América Latina, nota-se um crescimento extremamente acelerado.

DCD: Entre os desafios enfrentados para a solução chegar ao cliente, quais foram as maiores dificuldades?

R. G.: Houveram desafios em questão de commodities, supply chain impactando não a Vertiv, mas o mundo. As coisas estão mais lentas em relação a capacidade de matéria prima e de produção global. Isso cria desafios adicionais para o mercado de data center, mas o mercado de Colocation é muito resiliente. Realmente a pandemia transformou anos em meses, o processo de digitalização e o crescimento da demanda de espaço, de piso branco, de cloud no mercado latino-americano, que tem se tornado uma região onde os negócios vêm se tornando 100% digitais.

Os desafios diários para fazer isso acontecer fazem parte do jogo, mas eu vejo o que é mais importante: a demanda, o consumidor pedindo mais. Seja no hyperscale, no retail e em possíveis soluções de edge, que estão vindo.

DCD: Qual é o impacto da crise energética nos projetos para data centers? Como a Vertiv endereça essa questão em sua oferta?

R. G.: A crise energética juntamente com a pandemia, trouxeram alguns impactos para o mercado de data center, já que energia e água são insumos essenciais.

Por isso, a necessidade de soluções de mais eficiência, vindo de outras fontes energéticas cresceu mais ainda. A gente tem um país com a matriz energética hídrica e a crise energética trouxe oportunidade de crescimento para outras fontes.

O mercado de Colocation é muito bom em eficiência, é um mercado que busca tecnologia e inovação, o que para a Vertiv é bastante positivo, no sentido que 40% do custo do data center está relacionado a parte de ar condicionado, que é a parte que a Verti tem muito know-how e pode contribuir com excelência com os nossos clientes. A crise energética fez e faz com que as empresas do nosso setor, busquem cada vez mais soluções eficientes.

DCD: Em 2022, deveremos ver a crescente disseminação de IoT/Edge Computing e a chegada das redes 5G. Qual o impacto dessas tendências sobre a oferta da Vertiv, desde soluções modulares às soluções mais tradicionais, para grandes data centers na nuvem e privados?

R. G.: Com a concretização do 5G vai ocorrer um impacto nos negócios da Vertiv. Em termos de tecnologia e de serviço, a gente vem se preparando para este momento há alguns anos para levar a tecnologia que a gente tem para grandes data centers para soluções de edge e 5G.

A Vertiv vem criando uma organização de serviço, extremamente capilarizada para suportar tudo isso, porque a gente está falando de uma pulverização do processamento de dados em múltiplos data centers. E aí você passa a ter mão de obra para suportar tudo isso. Dentro deste contexto, é extremamente necessário dispor de uma estrutura de canais para poder levar esse conhecimento para a ponta. Se você olhar todo material da Vertiv foca nisso: trazer a tecnologia dos grandes data centers, nosso know-how para soluções menores, soluções de edge, soluções de contêiner, seja de corredores confinados, seja de contêineres data centers. São soluções que têm super aderência com a edge, que a gente já está vendo a demanda crescer de maneira significativa na preparação para a concretização do 5G para a edge. A Vertiv se antecipou, como sempre, e está cada vez mais preparada para suportar esse momento de soluções smarts. Seja de caixas, racks ou corredores confinados. Nosso objetivo é fazer tudo isso operar em uma estrutura 5G, desenvolvida na América Latina.

DCD: Como a estrutura de serviços da Vertiv evoluiu em 2021? O que deve acontecer com essa oferta em 2022?

R. G.: A gente evoluiu bastante em termo de infraestrutura de serviço. Primeiro, em tornarmos uma estrutura de serviço na América Latina. Isso foi uma coisa bastante importante, considerando o movimento e as necessidades dos nossos clientes. Não é que o cliente local não seja importante. Pelo contrário. A gente continua focado em cliente, seja ele local, regional ou global. Mas hoje com condições de levar uma oferta de serviços, uma qualidade de serviço unificada extremamente sólida para as mais diversas demandas.

O objetivo é mostrar para os nossos clientes que a Vertiv foi, é e sempre será o parceiro ideal para soluções de missão crítica.

DCD: Que novas tecnologias a Vertiv usou para dar suporte à sua estratégia de negócios durante a pandemia?

R. G.: A Vertiv usou neste período de restrição óculos 3D, Realidade Aumentada para que pessoas no Brasil pudessem suportar um serviço específico, em um país onde as fronteiras estavam bloqueadas. Ou seja, em nenhum momento a gente deixou as adversidades impostas pela pandemia nos impedir de garantir a eficiência nos nossos serviços. Nós não deixamos de cumprir o nosso papel como empresa que fomenta aplicação crítica no mundo, na hora que o mundo mais precisou da gente.

Sem data center o mundo teria ficado em silêncio nestes meses; a Vertiv foi capaz de cumprir esse papel e manter o mundo se comunicando nestes 18 meses de pandemia.