Os data centers são claros quanto ao seu objetivo: fornecer acesso seguro e ininterrupto aos dados. Este objetivo não é incompatível com a proteção do meio ambiente. Além disso, o compromisso ambiental é cada vez mais valorizado nas estratégias das empresas. Uma tendência que se observa cada vez mais, é a possibilidade de eliminar os grupos-geradores de reserva dos data centers, podendo substituí-los por grandes baterias elétricas. Esta tendência visa principalmente reduzir a pegada de carbono dos data centers, aumentando o fornecimento de energia através de fontes renováveis e procurando outras formas de melhorar o rendimento dos data centers, é o que aponta a Saft Brasil.

Flexion Gen2.jpg

De acordo com o Country Manager da empresa, Marcos Soares, fornecedores de equipamentos sabem que a Eficiência Energética é um ponto muito importante para os data centers, já que eles estão aumentando seus níveis de energia, devido ao aumento do tráfego de dados. “Na Saft, estamos comprometidos com nossa solução de baterias de fosfato de ferro, que precisam de menos refrigeração para poderem trabalhar em altas temperaturas ambientes (por exemplo 30-35ºC), tendo um impacto controlado na vida útil das baterias”, conta o Country Manager, que em entrevista fala sobre a atuação da Saft no mercado brasileiro. Leia, a seguir.

DatacenterDynamics: Como foi o ano de 2020 para a Saft Brasil e que aprendizados a pandemia trouxe?

Marcos Soares: Felizmente, do ponto de vista do negócio, o ano de 2020 foi de superação de metas. O mercado industrial, principalmente os mercados de Óleo & Gás e de Distribuição de Energia não pararam em 2020, demandando muitas baterias para reposição, uma vez que os novos projetos estão em suspenção.

Do ponto de vista operacional o “Home-Office” realmente se estabeleceu, de certa forma facilitando o dia a dia dos colaboradores. Porem o aumento de contatos virtuais não substitui o contato “olho no olho” onde as relações pessoais se fortalecem.

DCD: Quais novos desafios a Saft Brasil vem enfrentando e quais são os planos da empresa para 2021 e os próximos anos?

M. S.: Para 2021, o mercado iniciou-se bastante lento e deverá ser desta forma até que uma solução para a pandemia possa ser real. Aguardamos para 2021 e os anos seguintes o desenvolvimento de novos projetos e de expansão que estão em suspensão há muito tempo.

DCD: Quais produtos e serviços da Saft são mais buscados pelo mercado brasileiro?

M. S.: Nosso principal produto são as baterias alcalinas de Ni-Cd com recombinação de gases, que não necessitam de reposição de água e possuem baixíssima manutenção; é a nossa linha UPTIMAX. Além da linha de baterias SPH para UPS e geradores, que garantem a confiabilidade de funcionamento do sistema por muitos anos sem troca das baterias, pois não há morte súbita da mesma.

DCD: Como a tendência da Edge Computing com data centers cada vez menores, está mudando os sistemas energéticos fabricados pela Saft e quais os principais produtos para este tipo de instalação?

M. S.: A Edge Computing se beneficiou da necessidade de muitas empresas de pequeno e médio porte de ter os dados próximos e controlados. Portanto, é provável que a tendência continue a aumentar. Na Saft, continuamos a inovar nosso sistema de bateria para data centers. Especificamente, lançamos recentemente a geração dois de nosso Flex'ion (foto) no mercado, que é capaz de fornecer 40% mais potência no mesmo espaço do que sua geração anterior. Esse aumento de potência vem acompanhado de melhorias na segurança e no monitoramento de todo o sistema.