O avanço das tecnologias disruptivas no atual cenário econômico é uma evolução que impulsiona o crescimento das companhias. As empresas modernas dependem fortemente de tecnologias positivas, cíclicas e interativas para serem competitivas no mercado, trazendo novos serviços e produtos, e isso mais rápido do que nunca.

Outras necessidades das empresas incluem flexibilidade, escolha, agilidade e eficiência de custos dessas tecnologias para garantir que os recursos de negócios possam variar com a demanda, o mercado e a missão de negócios em constante mudança.

“Na última década, a ascensão dos serviços em nuvem atendeu à demanda por mais agilidade de TI e negócios, trazendo novos aplicativos e serviços online quase da noite para o dia. No entanto, essa capacidade criou problemas secundários de dispersão de sistemas e dados, governança e estratificação de conformidade. Em última análise, custou às empresas mais do que os modelos tradicionais de Data Center, pois não tinham controles de custo maduros”, avalia Fabrizio Marini, CEO da Fundamentos. Segundo ele, por essa e outras razões, as empresas perceberam que determinadas cargas de trabalho e conjuntos de dados eram mais adequados para seus Data Centers, enquanto outros exigiam a arquitetura em escala da Web que alcançasse um público global, sem atrito ou impedância. Assim nasceu o modelo de Nuvem Híbrida, que combina controle, flexibilidade, segurança, escalabilidade e economia, atendendo às necessidades dos negócios e dos clientes.

“Lembrando que cada tipo de empresa tem uma característica e um perfil de negócio. Por este motivo, a Fundamentos analisa caso a caso cada empresa e identifica qual a melhor solução para ela. Tamanho, disponibilidade necessária, resiliência, tipo de mercado da companhia, espaço físico, são alguns fatores que analisamos para o estudo desta solução de Data Center”, destaca o CEO da Fundamentos, empresa de infraestrutura e soluções corporativas de TIC.

Para quais empresas o modelo híbrido é melhor e para quais não?

O modelo híbrido se adapta a vários tipos de negócio, o que é importantíssimo analisar é como será esta estratégia hibrida, o que deve ser considerado dentro de casa e o que é mais viável inserir na nuvem.

Por exemplo: empresas novas, que estão começando sua jornada de negócios, que já nascem no formato WEB, como startups, utilizam a nuvem para hospedar suas aplicações e consumir a tecnologia existente para sua escalabilidade de forma ágil e de baixo investimento inicial, necessitando de pouquíssimo espaço de dados próprios.

Qual é a estratégia para grandes empresas?

Já as grandes empresas, muitas com seus Data Centers próprios, buscam a virtualização de parte de seus dados devido a escalabilidade da nuvem e em busca de melhor tecnologia e inovação oferecida pelos grandes Data Centers Cloud, deixando seus ambientes próprios para aplicativos de baixa latência, itens com necessidade de rápido gerenciamento e muitas vezes dados com maiores preocupações de segurança. Mesmo com o aumento significativo de investimento dos grandes Data Centers em segurança, percebemos que grandes empresas se sentem mais confortáveis tendo alguns de seus dados em seu Data Center próprio; esse é o caso de empresas de pesquisa, por exemplo.

Que outros modelos de negócios também são atendidos pela nuvem?

Outro modelo que vimos bastante é a utilização da nuvem pontualmente, algumas empresas necessitam desta tecnologia em determinados períodos do ano; maior capacidade em seus Data Centers para não ser realizado investimento em sua planta. O Data Center em nuvem é locado temporariamente, esta elasticidade de dados é utilizada, por exemplo. em grandes campanhas, como a Black Friday.

Indústrias também dependem de ativos de baixa latência, para gerenciamento de maquinário. Por este motivo é um seguimento que ainda mantém grande parte de sua operação em Data Centers próprios, utilizando a nuvem apenas para sistemas de baixa complexidade.

Vemos ainda uma onda de dados de backup em nuvem, com o avanço da tecnologia em cloud e a redução da complexidade de envio e busca de dados entre os ambientes, o que possibilitou a utilização desta demanda pela nuvem.

Qual é a melhor forma de segregar um Data Center para torná-lo híbrido? Que desafios englobam esta operação?

Esta segregação deve ser personalizada, analisando como cada empresa funciona e a estratégia de TI utilizada para cada operação. Certas cargas de trabalho e conjunto de dados são mais adequados sendo hospedados em seus Data Centers locais, como exemplo aplicações que trabalham em uma arquitetura cliente e servidor onde fatores como latência, velocidade da rede são cruciais para a performance da aplicação, são os casos de aplicativos desenvolvidos em JAVA, ERPs, Mainframe. Enquanto aplicações que tem sua arquitetura escalada para web e precisam alcançar um público maior é indicado a utilização da hospedagem em nuvem, como sites, páginas institucionais, apps, além do Software as a Service (SaaS), já hospedados em nuvem como e-mails, vídeo conferências, agendas etc.

Neste caso, qual é o principal desafio?

O desafio principal quando híbrido é a governança, ou seja, encontrar um provedor que tenha um conjunto de diretrizes em conformidade com as políticas da sua empresa, levando em conta a confiabilidade dos dados, credibilidade no mercado, garantias de disponibilidade e resiliência, além de processos e suporte para a sua migração, que precisa ser planejada em 4 pilares: conhecimento, prazo, tempo e custo. O mais importante é analisar a compatibilidade dos seus sistemas hospedados em ambiente local para envio a nuvem; em muitos casos é necessário adequar o software para ser hospedado em nuvem.

Muitas vezes a falta de planejamento e um suporte ineficiente, acarreta uma migração turbulenta que não performa da maneira idealizada, gerando retrabalhos, indisponibilidade do sistema e até mesmo vazamento de informação.

Como o Grupo Fundamentos avalia o mercado de Data Center brasileiro hoje?

O Brasil possui o principal mercado de Data Center da América Latina, um dos fatores é o fato do país ser o mais populoso, com mais de 210 milhões de habitantes. Esta grande quantidade de usuários é um atrativo para o setor de Cloud tornando, o país uma opção de investimento no setor.

Outro fator, é a tecnologia 5G que vem sendo implantada primeiramente no Brasil, sua baixíssima latência, alta confiabilidade e alta taxa de transmissão acarretará na necessidade elevada de investimentos em Data Centers.

Que tendências serão destaque no setor de Data Center brasileiro e por quê?

A pandemia mostrou a urgência da Transformação Digital, a necessidade e a opção, cada vez mais aceita, do trabalho remoto fizeram com que vários processos se tornassem digitais e que as empresas realmente se voltassem para uma estratégia de gestão de dados e virtualização. Notamos uma adoção massiva de serviços de Data Centers Colocation, seja por necessidade rápida de espaço, maior segurança, confiabilidade e flexibilidade para aumento e diminuição da capacidade de armazenamento contratada.

Vale comentar ainda sobre o uso de smartphones e redes sociais, que contribuem para o crescimento de registros que já não sao mais armazenados na memória do aparelho e sim nas Clouds, tornando o mercado de Data Centers em nuvem demandado também por este setor.

Resumindo, a tendência é de grandes investimentos em Data Centers Nuvem para comportar a demanda do mercado brasileiro, porém ainda existe um mercado muito atrativo de Data Centers próprios, uma vez que grandes empresas quando migram certas cargas de trabalho para nuvem percebem que o custo mensal desta mudança é muitas vezes tão elevado quanto manter seu ambiente próprio.

Mão de obra qualificada tem sido um problema para as empresas de Data Center no país, como o Grupo Fundamentos trabalha esta questão internamente?

Com certeza, a falta de mão de obra qualificada tem sido um dos maiores desafios na implantação de novas estruturas. A Fundamentos hoje conta com equipes especializadas e programas de treinamentos para capacitação de novos colaboradores, além de reciclagens para as equipes existentes. Devido a quantidade de inovações que vemos todos os dias é estritamente necessária esta atualização para que nossos clientes não adquiriram produtos e serviços já defasados.

Contamos com uma rede de fabricantes homologados, que nos auxiliam também no treinamento do pessoal a cada novo produto lançado, com treinamentos direcionados a cada colaborador, desde o gestor de vendas para que entenda a necessidade e a complexidade de cada solução até o instalador para que seja executado o serviço com destreza.

A Fundamentos ainda conta com um plano estruturado de carreira, fazendo com que o conhecimento do funcionário seja contínuo e fique sempre dentro da nossa estrutura.

Gostaria que contasse a história do Grupo Fundamentos

Criada em 1999, a Fundamentos nasceu como uma empresa de soluções em informática. Sempre atenta às necessidades dos clientes, dos serviços de assistência técnica a cabeamento estruturado, suprimentos e locações, a empresa passou a crescer e se especializar cada vez mais em redes, infraestrutura e soluções corporativas de TIC.

Com foco em desenvolvimento contínuo, nos tornamos o Grupo Fundamentos: um conjunto de empresas dinâmicas, de alta tecnologia e em constante inovação para entregar o melhor em soluções que abrangem: Tecnologia da Informação, Telecom, Facilities, Data Center e Sistemas Eletrônicos de Segurança para variados segmentos empresariais.

Hoje, somamos aproximadamente 4300 projetos concluídos; mais de 300 clientes no Brasil e exterior; 10 Certificações de Qualidade e 6 Bases Operacionais. Temos orgulho de grandes projetos desenvolvidos e do reconhecimento pela alta capacitação, comprometimento e pontualidade por clientes de todas as verticais de mercado.

Poderia contar algum case de sucesso em data center do Grupo Fundamentos?

Um dos maiores cases da Fundamentos, foi a execução Turn Key de duas unidades de data center com capacidade de 646 racks, para uma das maiores operadoras atuantes no país. A empresa foi contratada para execução da concepção ao moving do Data Center, executando o estudo, planejamento, projeto, execução civil, instalação elétrica, climatização, CFTV, controle de acesso de mais de 33 mil m².