Conforme a demanda por serviços em nuvem aumenta, as implementações 5G ficam cada vez mais próximas e as empresas aderem cada vez a Transformação Digital, o número de empregos no setor de tecnologia só tende a crescer, ano após ano.

Segundo o "Bureau of Labor Statistics", o setor de tecnologia criou uma média de 24.000 empregos, por mês, nos últimos dois anos.

Mas para ocupar muitas dessas vagas, é preciso que os profissionais da indústria aprimorem suas habilidades e atendam a uma infinidade de desafios de infraestrutura, pois à medida que mais poder de computação é movido para a nuvem e o setor de infraestrutura se consolida, os operadores de data centers devem estar aptos para supervisionar as mudanças nas arquiteturas, compreender os fundamentos, a conteinerização e a Inteligência Artificial, além de lidar com a implementação, monitoramento, solução de problemas e atualizações.

Atuando fortemente em prol da qualificação, a DCProfessional Development (DCPRO), maior especialista global em cursos de formação para atuação em data centers, visa capacitar os profissionais do setor para responder às crescentes demandas de capacidade dos data centers.

Em entrevista, Lucas Almeida, Application Architect da IBM, ex-aluno da DCPRO, fala sobre a importância dos cursos e da qualificação obtida. Lei a seguir.

DatacenterDynamics: Quais cursos você fez e por quê?

Lucas Almeida: Fiz todos os 16 cursos da certificação FMCI (Foundations of Mission Critical Infrastructure), além de já ter participado de outros no modelo presencial (antes da pandemia) e ter obtido as certificações Data Center Practitioner e Data Center Specialist - Design. Para a certificação FMCI, eu recebi uma bolsa de estudos da Infrastructure Masons e o objetivo era aumentar a abrangência do meu currículo e conhecimento e me preparar para atuar com aplicações, grupos de trabalho e infraestruturas críticas em grandes organizações.

DCD: Em que a certificações agregaram a sua carreira?

L. A.: Os cursos da DCPRO me deram conhecimento e me prepararam para o trabalho e consideração dos aspectos chave para atuar com todo e qualquer tipo de projeto relacionado à Missão Crítica. Ainda que o foco seja em infraestrutura física, diversos módulos do programa abordam questões que tocam toda a pilha de soluções tecnológicas, até mesmo os procedimentos de trabalho e desenho de projeto numa equipe que atue com aplicações críticas. Isso é curioso porque os conhecimentos abordados me ajudaram inclusive a ter atuações de destaque em ramos não diretamente relacionados com o foco principal do curso (que seriam data centers). Por um lado, pude me acostumar e pôr em prática várias dicas de projeto de aplicações complexas e seguras aproveitando as lógicas para desenhos de soluções de software, me permitindo ter papel chave no lançamento de produtos de extrema criticidade para a indústria brasileira como o Open Banking num dos maiores clientes da empresa em que trabalho atualmente, a IBM. Por outro lado, com o amplo conhecimento em sistemas, normas e procedimentos de missão crítica, pude criar e implementar soluções de monitoramento e automação para empresas do ramo de manutenção contínua de data centers.

DCD: Que metas você pretendia alcançar após a obtenção da certificação?

L. A.: Com a obtenção da certificação e o vínculo com as duas organizações, a Infrastructure Masons e a DCPRO, eu dou mais um grande passo para a internacionalização do meu currículo e atuação em setores estratégicos de todas as grandes economias do mundo. Isso me ajuda a caminhar para um cenário onde posso concorrer a vistos de entrada, vagas de trabalho e outros projetos nas maiores empresas do mundo. Além, é claro, de tornar meu campo de conhecimento mais amplo e horizontal, de forma a enxergar todos os aspectos de um negócio de natureza crítica, me fornecendo subsídios para, um dia, ocupar cargos estratégicos e talvez executivos em empresas de tecnologia.

DCD: Há quanto tempo você está na empresa?

L. A.: Atuo há 1 ano e 3 meses na IBM.

DCD: Você sentia necessidade de aprimorar suas aptidões?

L. A.: Na IBM somos sempre incentivados a explorar vários ramos, certificações e projetos, até mesmo alguns com viés social. Além disso, meu perfil é de alguém que olha para o longo prazo, que busca conhecimentos de áreas abrangentes o suficiente para que a demanda exista em todo o mundo, mas também que me façam ser parte de um grupo seleto e bastante qualificado para atuar com projetos de alta criticidade. Felizmente, boa parte do "know-how" relacionado à Missão Crítica me leva diretamente para esse caminho, e a DCPRO tem sido uma grande parceira!

DCD: O jovem sai bem formado da universidade no Brasil hoje? Realmente é necessário obter uma especialização?

L. A.: Particularmente, acredito que não existe dúvida sobre a importância da universidade na formação dos engenheiros e profissionais técnicos mesmo no Brasil. Entretanto, na minha opinião, a preocupação da universidade é moldar mentes com a base de tudo o que precisam para se tornar profissionais aptos para a atuação, contudo, isso não significa que faça parte do escopo a formação de excelentes profissionais. Um excelente profissional vem da junção de uma boa base com a atuação e experiência na implementação, desenho e gestão de novos projetos. Isso é algo que leva bastante tempo, sem dúvida! Todavia, vejo uma espécie de atalho: as especializações de indústria. Nesses cursos, assume-se que os alunos já são profissionais e precisam ganhar "bagagem", que será repassada por outros profissionais com bastante experiência e conhecimento. Além disso, numa especialização de indústria, você tem a vantagem de ser reconhecido e usufruir de toda a rede de contatos de uma grande organização! Esse conjunto de benefícios sem dúvidas ajuda a formar excelentes profissionais num espaço de tempo bem menor, e ainda traz o benefício de reduzir falhas no processo de atuação desses engenheiros.

DCD: Você recomendaria as certificações DCPRO?

L. A.: Como alguém que já participou das certificações nos modelos presencial e online, eu recomendo as certificações da DCPRO. É uma excelente forma de conhecer profissionais de peso na indústria, para os modelos presencial e ao vivo, e aprender com todo o material preparado pela organização dos cursos. Para os modelos de certificações online, ainda que haja pouco contato com outros profissionais, os tópicos dos cursos são escolhidos com minucioso cuidado e inclusive extrapolam o cenário típico da infraestrutura, trazendo recursos externos, histórias, cases, dicas para evoluir no trabalho desde já, nomes de players da indústria e modelos de negócios, entre centenas de outros pequenos detalhes que, quando somados, criam uma ótima e valorosa experiência de aprendizagem.