“Hoje em função do nosso conhecimento de mercado de data center, também baseado na nossa experiência técnica, a movimentação física de equipamento entre data centers é a mais procurada. Mas como os serviços em data center vêm crescendo, Hosting e Colocation, e com isto os serviços de movimentação e ou migração lógica, preparamos uma equipe para fazer movimentação lógica de sistemas e aplicações. Possuímos o selo ISO 9001/15 em movimentação física e lógica, o que atesta nosso excelente padrão em serviços de movimentação lógica e física”, conta Gonçalo Sousa, CEO da datacriticalTI, empresa responsável pela migração lógica de 270 sistemas e aplicações, incluindo a movimentação física de 23 equipamentos entre o data center da Oi e o da Equinix, sem parada dos sistemas.

Além de Moving de data centers, com o crescimento da rede GPON em escritórios, hospitais e indústrias no Brasil, a datacriticalTI vem se especializando nesta tecnologia, e hoje possui NOC (Network Operations Centers), na cidade de São Paulo, que tem como finalidade oferecer monitoramento, suporte e manutenção 24x7 de ambientes críticos. Em entrevista, o CEO da empresa fala sobre a atuação da datacriticalTI no mercado brasileiro. Leia, a seguir.

DatacenterDynamics: As empresas brasileiras pesam Preço vs Qualidade na hora de contratar um serviço ou buscam qualidade acima de valores?

Gonçalo Sousa: Hoje algumas empresas ainda fazem esta comparação entre preço e qualidade. Mas isto vem mudando, devido ao aumento na necessidade de utilização dos serviços de TIC 24x7. Desta forma, as empresas estão buscando cada vez mais companhias qualificadas para não correrem riscos, com problemas no aumento de tempo de downtime acordado, durante a execução do projeto.

DCD: Soluções de Automação vêm sendo buscadas?

G. S.: Sim, elas vêm aumentando muito. A Automação nas empresas melhora a segurança, garante maior qualidade e velocidade nos processos de fabricação. Com isto, a utilização da Rede GPON vem aumentando muito desde 2019.

DCD: Como a datacriticalTI avalia esse período da pandemia de Covid-19, no que tange ao setor de data center brasileiro?

G. S.: Para empresas de data centers, a pandemia da Covid-19 não foi um entrave, uma vez que a utilização de sistemas a distância (Home Office), foi implantado como uma saída para as empresas continuarem a trabalhar sem acessar os seus postos de trabalho. Sendo assim, houve uma evolução substancial na migração dos serviços de TIC para data centers de terceiros.

DCD: Que estratégia vem sendo usada pela empresa neste período?

G. S.: Nossa estratégia está sendo a remodelação no nosso método de contato com as empresas que buscam o nosso portfólio de serviços. Para as empresas do setor privado estamos readequando o site na internet, e estamos fazendo anúncios no Google. Já no setor público, estamos além do site e Google, nos cadastramos nos portais de serviços do governo. Desta forma, estamos na vitrine do mercado.

DCD: Os projetos com as empresas foram parados ou vêm sendo tocados de outra forma, respeitando as medidas de restrição?

G. S.: A datacriticalTI está trabalhando com restrição e cuidados, mas tem projetos em andamento, como por exemplo: movimentação, migração de data centers e elaboração de DRP (Disaster Recovery Plan) para algumas empresas.

DCD: Que estratégias serão usadas pela empresa para o pós-pandemia?

G. S.: Agendamento de visitas presencial aos clientes para demonstração de nossos serviços e especialização. Também, participação na maioria dos eventos relacionados ao setor.

DCD: Que tendências teremos no setor de data center brasileiro nos próximos anos?

G. S.: Com a pandemia inesperada obrigando as pessoas a trabalhar de casa (home office), a tendência é o crescimento de utilização de Nuvem Privada, Híbrida, Hosting físico e lógico em data center.