O que começou com o Spacewar!, de Steve Russell, em 1962; inventor do primeiro videogame que podia ser jogado em várias instalações de computador, se transformou em uma indústria que arrecada cerca de US$ 2,3 bilhões. Segundo a Newzoo, o Brasil é o maior país em receitas de jogos na América Latina e o 12º no mundo.

Os jogos evoluíram para além de desafiar apenas a pessoa sentada ao lado para competir com jogadores do mundo inteiro. O mercado brasileiro de games, que já vinha numa crescente, registrou aumento exponencial em 2020. Segundo dados da "Visa Consulting & Analytics", as transações de cartões Visa, realizadas nas principais plataformas e consoles de jogos no último ano, cresceram 140% em volume em relação à 2019. É possível também ver um aumento de 105% na quantidade de cartões realizando compras de jogos ou extensões, quando comparamos o período entre outubro de 2019 e setembro de 2020. O alcance de negócios desse mercado cresce, principalmente, pela oferta de soluções diferenciadas, capazes de atender jogadores profissionais e os novos gamers (jogadores ocasionais). Para suprir esse aumento na demanda, é vital que as empresas de data centers ofereçam baixa latência.

Conectividade

Detentora de cabos submarinos de fibra óptica de alta capacidade, a Angola Cables disponibiliza sua conexão de baixa latência entre continentes para que gamers brasileiros possam jogar suas partidas em igualdade de termos, sem atrasos e outras limitações de conexão técnica que, em última análise, podem decidir uma partida.

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“O público gamer é caracterizado pela sensibilidade à baixa latência no exercício de maratonas games. Por isso, os sistemas submarinos são de vital importância porque constituem as rodovias para interligar os principais epicentros de servidores de jogos (data centers)”, destaca Crisóstomo Mbundu, coordenador de projetos de Gaming da Angola Cables. A empresa opera cabos que conectam África, Europa, Brasil e os Estados Unidos através do MONET, WACS e SACS, numa conectividade 6 vezes menor do que era praticado anteriormente, o que representa hoje para comunidade gamer equilíbrio na conectividade de disputas online.

Data Centers e o futuro dos games

Com os avanços contínuos nas tecnologias de rede e transmissão ao vivo, hoje é mais fácil do que nunca acessar jogos em qualquer dispositivo. Anteriormente, torneios virtuais e jogos online dependiam do modelo client-server e de co-located servers, o que era acessível financeiramente apenas para jogadores profissionais. O avanço da indústria de data center, impulsionou o surgimento de jogos que não exigem investimento em um console, hoje jogadores de qualquer nível podem utilizar os recursos do data center e iniciar uma partida pelo celular ou um notebook.

“Os data centers são hoje elementos fundamentais para alojar e distribuir jogos de forma eficiente, devido a necessidades específicas de refrigeração e segurança, bem como as redundâncias nos componentes elétricos e de conectividade”, avalia o coordenador de Projetos de Gaming da Angola Cables, destacando que a interligação dos grandes epicentros de games (Brasil, Estados Unidos e Europa), locais onde há uma grande concentração de conteúdos de games (servidores), gera inúmeras oportunidades, nomeadamente:

“A rede da Angola Cables tem sido alvo de investimento contínuo para atender, de forma customizada às necessidades específicas de conectividade. Hoje temos orgulho de atender a indústria gamer em toda sua cadeia de valor, hospedando, distribuindo e conectando os nodes mais próximos, tendo como referência a localização do utilizador final, seja gamer, desenvolvedores ou produtores de jogos”.

Público-alvo

Posicionada entre a demanda e a procura, o coordenador de Projetos de Gaming da Angola Cables, ressalta que o público-alvo é dividido entre o segmento B2B, ou seja, operadores de internet, onde o IP Gamer aprimora a conectividade dos operadores (ISPs), e o consumidor final, com o produto Go Gaming VPN, que tem o propósito de acelerar a conectividade através de um dispositivo que funciona como GPS, localizando sempre o servidor mais próximo.

“Portanto, a nível do B2B o target vai além de 10 mil operadores de internet, atendidos com soluções diferenciadas em nível de conectividade. Em conjunto, abrimos espaço para atender com eficiência os mais de 95 milhões de gamers somente no Brasil”, revela.

A Angola Cables tem altas expectativas com a indústria gamer e, para tal, tem desenvolvido soluções e programas resilientes para permitir que mais operadores e gamers possam usufruir de um ambiente virtual, que permita que as habilidades decidam o vencedor e não a internet.

“Como operadora de telecomunicações, a Angola Cables tem papel fundamental para que a indústria de games no Brasil possa ascender a 2ª posição em nível mundial, efetivamente pelas ferramentas tecnológicas que coloca à disposição da indústria, mas também porque tem uma cultura de proximidade e abertura junto à comunidade, o que por si, serve de facilitador”, pontua ele, acrescentando, que a pandemia sem dúvida teve relevância, no aumento dos indicadores, que apontam o crescimento da indústria gamer no Brasil, já que a partir do isolamento social, a necessidade por entretenimento disparou, e que durante este período, os operadores de internet foram desafiados a aumentar rapidamente o poder de conectividade das infraestruturas de telecomunicações, de forma a garantir os melhores níveis de qualidade de serviço.

“O público gamer tem demostrado para nós, Angola Cables, que a aposta na indústria gamer tem sido um sucesso, porque entregamos mais que uma experiência otimizada para os operadores de internet com quem estamos interligados. Nós vamos diretamente ao jogador e garantimos um bom gameplay”, conclui.