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Broadcast

Explorando a estratégia e a tecnologia operacional de missão crítica

Na próxima terça-feira, 29 de agosto, a partir das 9h (horário de Brasília), acontece o broadcast gratuito DCD>Automação. Neste evento virtual, especialistas da indústria de data center revelarão as últimas tendências na gestão e operação de centros de dados brasileiros, incluindo temas como Inteligência Artificial, IoT, Machine Learning, Inteligência Artificial Generativa e Edge Computing.

O primeiro painel tratará sobre “Quais os desafios e tendências na automação de data centers no Brasil”, com a participação de James Mello, DCIM Product Manager da Eaton; César Bomfim, Data Center Services Sr. Manager para a América Latina na Oracle; e Agostinho Villela, CTO e Engineering VP da Scala Data Centers. Para assistir, registre-se gratuitamente clicando aqui.

De acordo com Agostinho, Villela, dentre as principais vantagens da automação, destacam-se a eficiência operacional, a redução de custos, a flexibilidade, a confiabilidade, a padronização, a escalabilidade, o monitoramento contínuo e o foco nas atividades de alto valor.

“Atualmente, nos nossos data centers, a implementação do Sistema de Gerenciamento de Edifícios (BMS) tem se mostrado altamente vantajosa. Ao abordarmos a automação de um data center, a palavra controle surge imediatamente. Com a integração dos vários elementos da infraestrutura de forma automatizada, a operação experimenta maior eficiência e, com isso, os times podem se concentrar em tarefas estratégicas”, explicou Agostinho.

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Agostinho Vilella, Scala Data Centers – l

Segundo ele, isso se traduz em tempos de resposta otimizados, uma visualização mais clara dos componentes, execução automatizada de processos (como a alternância de chillers ou a ativação de equipamentos adicionais conforme a demanda térmica se ajusta), além da redução de falhas e, principalmente, evitando indisponibilidade.

“Estamos intensificando os investimentos na automação nos nossos data centers por meio do BMS e também no monitoramento elétrico (EPMS). Isso nos permite não apenas colher os benefícios da eficiência operacional e da redução de custos, mas também garantir que os nossos sistemas estejam em funcionamento contínuo, monitorados de maneira consistente”, explicou.

Ele destaca que através do Command Center, localizado na sede da Scala em São Paulo, Brasil, há um time trilíngue que utiliza extensivamente tecnologia, Inteligência Artificial e rigorosos processos de qualidade para acompanhar e assegurar os procedimentos de segurança, em linha com os outros sites em operação da Scala. “A padronização e a escalabilidade resultantes dessa abordagem proporcionam um ambiente ágil e adaptável, permitindo que a nossa equipe se concentre em atividades estratégicas de alto valor”.

Novas funcionalidades do DCIM para a gestão do Data Center

Para James Mello, DCIM Product Manager da Eaton, a automação de data centers está principalmente ligada a softwares que auxiliam nesse processo. “O DCIM está tomando proporções cada vez maiores, com novos recursos que permitem que o usuário não tenha que estar utilizando vários softwares diferentes para poder atender à dinâmica do data center. Novos projetos já estão sendo criados pensando na gestão e na monitorização e a tendência é que isso cresça cada vez mais com a construção de novos centros de dados, principalmente no setor de edge e cloud computing".

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James Mello, Eaton

Segundo James, já existem alguns softwares de DCIM com algumas funcionalidades do BMS incorporadas, o que ajuda a ter uma gestão melhor dos ativos de infraestrutura e de TI.

“O DCIM tem um papel fundamental na infraestrutura de data centers. Ele permite que a gente faça o monitoramento de todos os dispositivos. Ou seja, a leitura do status, o quanto de energia estou consumindo, qual é o status dos meus servidores, das minhas máquinas virtuais, qual é a temperatura do ambiente, a autonomia da bateria, entre outros. Além disso, ele ajuda a fazer toda a governança do site, tanto da parte de infraestrutura - quais equipamentos eu tenho, o tipo de fabricante, o modelo, quando foi adquirido e a sua garantia”, explicou.

“Além disso”, - acrescenta James - “com o software, podemos fazer o controle de temperatura de um data center para monitorar e retroalimentar o nosso sistema de ar condicionado, resultando numa temperatura mais otimizada possível; e também desligar máquinas virtuais em situações críticas como falta de energia”.

O DCIM Product Manager da Eaton também destacou a importância da manutenção de um centro de dados. “Por que não utilizar ferramentas de software para gerenciar as manutenções preditivas de um data center? Programar, por exemplo, cada segunda-feira do mês fazer uma revisão de equipamentos? Além disso, é possível agendar a troca de baterias ou de equipamentos mais antigos que podem estar consumindo mais energia. Também os relatórios podem ser automatizados em datas específicas e com destinatários específicos”, ressaltou.

César destaca importância da maturidade operacional

Entre os temas debatidos por César Bomfim, Data Center Services Sr. Manager para a América Latina na Oracle, no broadcast, está o fator da maturidade operacional. Segundo ele, apesar de existirem oportunidades para a gestão da infraestrutura de data centers na região, também há desafios a serem superados.

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César Bomfim, Oracle

Ele explica: “Um dos pontos críticos que vamos endereçar nos próximos anos é a questão da maturidade operacional. Por conta do crescimento, que foi fantástico nos últimos anos, a demanda por profissionais qualificados para planejar e operar os data centers aumentou muito. E acredito que a mão de obra ainda tem um desafio para acompanhar esse crescimento exponencial. Há uma dificuldade para encontrar profissionais realmente qualificados para estas funções, e isso impacta a maturidade operacional”.

Segundo Cesar, às vezes um trabalho é iniciado no data center ainda com pouco “know how”. “E isso impacta, porque a empresa ainda não tem a gama de processos robustos, bem construídos e necessários para operar com a máxima qualidade”.

“Outro fator” - continua César - “é a questão da tecnologia versus custos. Esse é um dos maiores desafios, porque praticamente todos os data centers novos têm as mesmas configurações, no sentido da infraestrutura e de como ele funciona. Ele vem em uma curva de baixos custos, e isso tem reduzido a qualidade e a resistência do sistema. Esse é um ponto de oportunidade enorme de agora em diante, porque nos últimos 10 anos a infraestrutura de data centers de uma maneira geral não mudou muito. O que se observa principalmente de automação - não do que há disponível de tecnologia nova, mas do que tem sido implementado nos data centers - ainda é muito parecido com o que tínhamos há 10 anos. O que mudou bastante é que nós temos muito mais tamanho e volume de prédios e capacidades de data centers”.

De acordo com o especialista da Oracle, a automação pode ajudar muito aos gestores e operadores de data center, mas é primordial priorizar o design. “No que diz respeito à infraestrutura, se você iniciou bem no desenho, a chance de ganhos em eficiência, resiliência e até na parte da operação são maiores. Planejar bem é importante. Por exemplo, um data center TIER 4 dificilmente vai atingir uma excelente eficiência energética, simplesmente porque ele possui muitos equipamentos redundantes. O que seria ideal? Antes de construir, pensar se realmente é necessário ter esse set up de infraestrutura. Se ele não é necessário, não vale a pena implementar”.

Ele conclui: “Porém, se uma empresa já está dentro de uma infraestrutura com desafios, e você tenta melhorar a gestão dela a partir de agora e ela já vinha com problemas, os sistemas podem ajudar a melhorar operacionalmente e reduzir custos. Os ganhos são enormes. Mas esses ganhos estão alinhados ao tamanho da ineficiência que há. Se o cenário é bem ruim, com certeza os ganhos podem ser muito grandes com a automação”.

Para saber mais sobre os pontos de vista de César Bomfim, James Mello e Agostinho Villela, registre-se gratuitamente para assistir ao broadcast ao vivo ou on demand.

Programação completa:

Após o primeiro panel, o evento online continua com a apresentação “Software e Sustentabilidade: os pilares de automação para os Data Centers do Futuro”, comandada por Pablo Castro Rovai, Software Sales Specialist da Schneider Electric.

Depois, a programação continua com o painel “Como a Inteligência Artificial e a automação vão moldar os data centers do futuro”. Participam deste painel: Márcio Pilotto, Sales Engineer Manager da Juniper Networks; Luis Henrique Caloi, Diretor de Automação e AIOps da Sonda; Eduardo Yukio Kashiwakura, Gerente de TI - Data Center e Colocation do B3, Bolsa Brasil Balcão; e Lucas Montarroios, Diretor de Tecnologia da HostDime.

O evento finaliza com uma entrevista Fireside Chat com Fernando Almeida, Cloud Solution Director para a América Latina na Oracle, sobre “IA além dos limites: Inovações, Ética e Transformação Digital”.