O mundo está se tornando cada dia mais digital e conectado e, nesse cenário, operadores de Data Centers precisam expandir cada vez mais as suas infraestruturas para dar conta de todo o processamento de dados que a nova economia demanda para girar. Desde 2010, o número de usuários da Internet em todo o mundo mais do que duplicou, enquanto o tráfego global da Internet aumentou 25 vezes, segundo dados da IEA (International Energy Agency).

E os custos de energia estão aumentando. A temperatura da Terra está aumentando. As pressões para adotar práticas sustentáveis são cada vez maiores. As melhorias na eficiência energética vêm ajudando a frear o crescimento do consumo de energia dos centros de dados e das redes de transmissão de dados, que representam, cada um, de 1 a 1,5% do consumo global de eletricidade.

Os líderes de TI, destacam analistas do Gartner, e em particular os líderes de infraestrutura e operações (I&O), estão cada vez mais sob pressão para tornar as suas operações de Data Center rentáveis e ambientalmente sustentáveis.

Reduzir os custos de energia e refrigeração, segundo os analistas, portanto, vai além de ser um fator-chave para diminuir custos e melhorar os resultados. É, também, uma questão de sustentabilidade ambiental. E dados do Gartner apontam que 40% do gasto elétrico em um Data Center são destinados para alimentação dos servidores e 39% para refrigeração.

Como vimos, o resfriamento é um dos fatores de maior consumo de energia. Para reduzir esse custo e reduzir a pegada de carbono, muitas empresas recorrem aos sistemas de refrigeração inteligentes. Um desses métodos aproveita o ar ou a água do ambiente externo para resfriar o Data Center, reduzindo drasticamente a necessidade de ar-condicionado.

E os gestores precisam superar esses desafios sem deixar de lado a confiabilidade e integridade das instalações, garantindo que a infraestrutura está em conformidade com requisitos e padrões reconhecidos, assegurando a continuidade do serviço e segurança dos dados.

Um Data Center sustentável e ecológico precisa ser eficiente tanto em termos energéticos quanto ecologicamente correto. Isto significa que os líderes de I&O precisam adotar uma estratégia ampla para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o consumo de água e otimizar a gestão de resíduos eletrônicos em Data Centers.

Aumento do consumo de energia em Data Centers

Com cada vez mais aplicações digitais rodando em servidores, o número de Data Centers deve aumentar em 20% até 2025, o que acarretará um aumento na demanda de energia, que especialistas estimam que, até 2030, deve ser de 3,5% a 5%.

Data Centers contam com normas e requisitos para o seu funcionamento, mas a maior parte faz referência à infraestrutura e operação, voltadas para a confiabilidade, continuidade do serviço, integridade da instalação e segurança dos dados.

Mas, atualmente, já foram desenvolvidas certificações que vão além dessas questões, englobando, também, a sustentabilidade dos Data Centers, avaliando a sua eficiência na utilização de energia e recursos e pelo impacto no ambiente.

Além do PUE (potência usada efetivamente), os Data Centers também serão medidos por indicadores mais abrangentes, como utilização de energia renovável, eficácia do uso de água (WUE), eficácia do uso de carbono (CUE), eficácia do uso de espaço (SUE), eficácia do uso da rede (GUE), taxa de recuperação de material e emissões de contaminantes ao longo da vida útil.

Somente unindo avaliações sobre as condições físicas das instalações a análises sobre operações e sustentabilidade, incluindo a eficiência energética, será possível ter um Data Center pronto para atender a novas demandas de negócios e climáticas e, ao mesmo tempo, reduzir os custos.