Investir em cibersegurança vem, a cada dia, ganhando destaque nas conversas de gestores e CEO’s. Porém, em 2023 esse tema ficou ainda mais em evidência, principalmente devido à grande evolução tecnológica trazida pela Inteligência Artificial, que se torna cada vez mais acessível à população. Com a chegada do final do ano e pensando em todas as problemáticas observadas em 2023, começamos a imaginar como será 2024. Já de imediato digo que é possível prever que o tema ganhe mais visibilidade, se tornando uma das prioridades das empresas.

Vale lembrar que nos últimos dois anos 41% dos ataques lançados contra empresas brasileiras acabam sendo bem-sucedidos e precisam ser remediados após acontecerem, de acordo com um estudo realizado pela Forrester Consulting (em nome da Tenable).  Ou seja, precisamos pensar que os atacantes estão sempre um passo à frente e que eles também têm acesso a tecnologias avançadíssimas de inteligência artificial, que podem ser usadas de uma forma mais abrangente, separando os dados que são mais interessantes, vendo quais são os caminhos críticos de determinados ativos, dentre outros. Então, acredito que o uso da inteligência artificial em favor da cibersegurança é a principal tendência para este ano, podendo ser usada tanto para atacar, quanto para reforçar as defesas e, principalmente, entender onde há possíveis falhas, que podem ser usadas pelos hackers para criar os ataques. 

Além disso, teremos 5 grandes desafios em cibersegurança neste ano que se inicia:

  1. Ransomware em alta: ataques persistentes que criptografam os dados, demandando resgate em criptomoedas. Causam prejuízos financeiros e interrupção operacional.
  2. IoT e Suas vulnerabilidades: a proliferação de dispositivos IoT, como câmeras e termostatos, complexifica e vulnerabiliza redes. Além disso, as falhas na segurança desses dispositivos abrem portas para invasões e roubo de dados.
  3. Desafios na nuvem: com a expansão da computação em nuvem, a segurança dos dados armazenados em servidores remotos torna-se fundamental. Isso porque vazamentos na nuvem podem expor informações sensíveis.
  4. Cibersegurança corporativa: empresas enfrentam ameaças constantes, com ataques direcionados a dados corporativos e propriedade intelectual. A segurança na cadeia de suprimentos é indispensável diante de invasões por meio de parceiros comerciais.
  5. Amplificação de ataques DDoS com 5G: a implementação de rede 5G aumenta a capacidade dos ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), deixando-os mais devastadores e difíceis de conter, devido à maior largura de banda.

Pensando nos desafios da cibersegurança para este ano, acredito que a chave é avaliar a eficiência do seu programa atual e utilizar as IAs para melhorar ainda mais as defesas. Pois os danos que um ataque pode causar, financeiramente e na reputação da empresa, podem ser irreversíveis, causando, até mesmo, a falência de uma companhia.