Um data center, como ambiente crítico, deve seguir diretrizes e procedimentos de limpeza muito específicos. Conhecida no setor como "Limpeza Técnica", o processo se baseia na minimização do número de partículas em suspensão, conforme indicado pela norma ISO 14644-1, bem como na norma ANSI /ISA- 71.04 para níveis de corrosão. As melhores práticas do setor em relação à limpeza de data centers estão resumidas na regulamentação específica de controle de poluição em data centers da ASHRAE “2011 Gaseous and Particulate Contamination Guidelines For Data Centers”.
Mas o ano de 2020 tem mudado muitas regras, devido à pandemia da Covid-19. Sendo assim, os processos usuais de Limpeza Técnica devem agora ser concluídos juntamente com procedimentos específicos de desinfecção e higienização das instalações para minimizar patógenos e vírus no ambiente.
- Nesse sentido, a Comunidade de Madri (Espanha), publicou um artigo geral sobre Desinfecção de Superfícies e Espaços com Coronavírus:
- Especificamente para data centers, o Uptime Institute publicou um guia específico para a Covid-19, intitulado: Minimizing Critical Facility
- A ASHRAE também não ficou de fora e elaborou uma lista de procedimentos de technical resources.
É necessário ter em mente que um data center é um ambiente controlado por clima com ar em movimento constante, com vários elementos, onde diferentes vírus podem permanecer inativos por um tempo antes de se manifestar. Por outro lado, estamos falando de salas fechadas, cujo único ponto de acesso são as portas, onde os próprios técnicos introduzirão os patógenos que carregam com eles em suas operações diárias. Segundo a 3M, 80% da poeira e sujeira que entram na área crítica chegam pelos pés dos técnicos.
Os novos processos de Limpeza Técnica devem incluir:
- Limpeza Técnica Padrão, de acordo com a ISO 14644 classe 8 com aspiradores HEPA com filtro de 0,3 μm e medição da pureza do ar com contadores de partículas.
- Desinfecção com UV-B das peças mais tocadas pelos técnicos nas salas, como maçanetas, interruptores, etc.
- Instalação de ladrilhos antipoeira nas portas das salas, que também incorporam agentes bactericidas, como os utilizados em hospitais, laboratórios farmacêuticos, etc.
- Instalação de elementos de medição de sujeira que monitoram os níveis de sujeira e corrosão ambiental durante os 12 meses seguintes.
- Desinfecção geral com ozônio que altera com segurança a estrutura molecular de microrganismos, como vírus ou bactérias, e seu uso em data centers é viável devido a:
- Eficiência em áreas com alta umidade
- Funcionar em uma ampla gama de TEMPERATURAS
- Não criar resíduos perigosos para o meio ambiente
AZULEJOS ANTIPOEIRA NA ENTRADA DO DATA CENTER
As placas de proteção contra poeira localizadas na entrada das salas técnicas impedem que mais de 99% de poeira e sujeira entrem.
As placas de proteção contra poeira fornecem benefícios importantes:
- Maior vida útil dos equipamentos
- Redução de custos de manutenção
- Melhora a confiabilidade das instalações
- Incorpora o bactericida BIOMASTER
- A ação bactericida do BIOMASTER oferece proteção contra micróbios nas solas dos sapatos dos técnicos quando estes entram nas salas; o bactericida oferece proteção eficaz por 4-5 anos
ANÁLISE DO NÍVEL DE CORROSÃO E SUJEIRA
Além da análise de partículas, a regulamentação específica de Controle de Poluição em data center da ASHRAE “2011 Gaseous and Particulate Contamination Guidelines For Data Centers”, regula o nível máximo admitido de corrosão em Cobre e Prata durante 1 mês, listando:
- Taxa de reatividade de cobre inferior a 300 Å / mês
- Taxa de reatividade da prata inferior a 200 Å / mês
Um par de medidores de nível de corrosão deve ser instalado por ano para medir e controlar o nível de corrosão das salas do data center, de acordo com a ANSI / ISA-71.04, que inclui alguns relatórios que possuem amostras ambientais dos últimos seis meses. Esses medidores também controlam o nível de sujeira nas partículas em suspensão, de acordo com a ISO 14644-1:
*Emilio Sapina é CEO da SECURE TECHNICAL ROOMS.