Estimulado pelas mudanças trazidas pela pandemia da Covid-19, o setor financeiro brasileiro intensificou a digitalização de seus processos. Confrontados com as solicitações feitas pelos órgãos da saúde para manter o distanciamento social, diversos bancos precisaram fechar suas agências físicas, migrando seus serviços para canais digitais como aplicativos de telefones celulares, caixas eletrônicos e pagamentos on-line. Uma pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), no segundo semestre de 2020, mostra que 64% dos clientes diminuíram os saques em dinheiro, passando a realizar operações financeiras principalmente por meios digitais. Segundo um estudo divulgado pela consultoria IDC Brasil, em dezembro de 2020, 6 em cada 10 brasileiros das classes A, B e C usam meios digitais de pagamento como PayPal, Google Play e PagSeguro para efetuar seus pagamentos.

Esses avanços fazem com que, no setor financeiro, a operação de data centers seja cada vez mais crítica para o avanço dos negócios. Para controlar as informações bancárias na nuvem, absolutamente tudo é armazenado em servidores instalados em racks localizados em data centers.

Um colapso nesses sistemas levaria à imobilização da economia brasileira. Há diversas causas possíveis para indisponibilidades (downtime), incluindo um erro de software ou hardware, mas o mais comum é uma falta de energia elétrica.

Se a infraestrutura bancária falhasse, não haveria caixas eletrônicos, transações com cartões de crédito, compras pela internet, nada. Portanto, ter energia de backup para o caso de uma falha na energia elétrica ajudaria os bancos a armazenarem energia suficiente para a operação contínua de seus equipamentos críticos. Assim, quando falta energia elétrica por qualquer motivo, sistemas UPS serão capazes de fornecer energia de qualidade para os equipamentos mais críticos da operação, que são os servidores com todas as informações para executar transações on-line e na nuvem.

Outra causa de downtime que pode ser evitada são as condições ambientais inadequadas no data center. O crescimento contínuo do gerenciamento de dados fez com que as temperaturas do data center aumentassem, causando a interrupção de serviços. Sistemas de ar-condicionado de precisão, projetados para dar suporte à eletrônica sensível em salas de servidores, são a resposta para controlar as condições da sala e dos racks de forma que os servidores e outros equipamentos evitem o calor excessivo e as interrupções.

Para oferecer serviços contínuos aos clientes e aos seus equipamentos críticos, algumas vezes não é necessário comprar novos equipamentos e sim colocar novos componentes para melhorar a operação do equipamento existente. Um parceiro de infraestrutura experiente pode avaliar o data center existente e aconselhar sobre a melhor forma de dar suporte para a computação existente e a nova, dentro do orçamento da empresa. Em alguns casos, soluções de upgrade podem ser a melhor opção e isso pode incluir modificar o equipamento existente com controles e outras opções que possam proporcionar uma melhor operação. 

Alinhar-se às melhores práticas de manutenção pode também ajudar a evitar o downtime causado por falta de energia – isso inclui o monitoramento regular e a substituição do UPS. Existem empresas dedicadas a dar assistência e manutenção para essas baterias de backup, notificando o cliente do setor bancário quando for o momento de trocá-las para garantir que o equipamento funcione adequadamente.

Interdependência entre o setor de finanças e de varejo

Em 2021, o comércio eletrônico continuará a ter um aumento no percentual das compras e vendas on-line, levando os bancos a aumentar suas operações digitais. De acordo com um relatório de pesquisa da SalesForce, intitulado State of Commerce, 61% das empresas na América Latina planejam aumentar os investimentos em soluções de autoatendimento através de canais digitais. Como relatado no estudo Impacto da Covid-19 nas Vendas On-line no México, duas em cada dez empresas de comércio eletrônico tiveram um aumento nas vendas superior a 300% durante 2020. A interdependência entre as operações do setor financeiro e de varejo faz com que o avanço dessas duas verticais exija o reforço de suas infraestruturas digitais críticas.

Para que isso aconteça, é fundamental contar com suporte a todo o ciclo de vida dos data centers. Parte-se da fase de comissionamento – que se refere ao start-up do projeto para garantir que todos os sistemas sejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com os requisitos operacionais – e avança-se até as ações de manutenção, retrofits, reparos e upgrades de equipamentos. Todo o ambiente deve estar inserido numa abordagem de serviços avançados para garantia da continuidade do processamento. Esses serviços incluem o uso de soluções DCIM de gerenciamento da complexa e heterogênea infraestrutura crítica dos data centers. Os serviços de gerenciamento remoto, em especial, envolvem o disparo de alertas e de ações preditivas para evitar o downtime do data center.

Quem adere aos sistemas de monitoração remota do data center conta com tecnologias avançadas, utilizadas por profissionais com décadas de experiência no setor. Isso permite a realização de análises de dados que entregam uma visibilidade excepcional sobre todo o ambiente. Com essa informação, os técnicos ficam preparados para - com rapidez, precisão e segurança - retornar o equipamento às suas condições adequadas de operação e, desse modo, suportar a continuidade de processos do setor financeiro brasileiro.