Por Paulo Torres, Diretor Nacional de Canais da WCS Conectologia
Nos últimos anos, o mundo empresarial tem sido testemunha de uma transformação sem precedentes impulsionada pela rápida evolução tecnológica. Nesse contexto, as empresas de Telecom enfrentam desafios e oportunidades únicas à medida que novas soluções ancoradas em tecnologias disruptivas permeiam o ambiente corporativo. A popularização do uso da tecnologia em nuvem, a Internet das Coisas (IoT) e outras inovações, combinadas com o crescente volume de dados transacionados nas organizações abre portas para um cenário repleto de inovação e competitividade.
O setor de telecomunicações, enquanto protagonista em meio à era digital, evidentemente está vivenciando uma profunda transformação, de tal modo que o modelo de negócios tradicional está sendo redefinido para se adequar às exigências de um mercado numa jornada evolutiva de viés tecnológico. No entanto, ao mesmo tempo em que as possibilidades se multiplicam, as empresas de telecomunicações também precisam estar atentas aos desafios inerentes ao emprego dessas tecnologias disruptivas, a fim de assegurar a segurança, a eficiência operacional e o atendimento às crescentes expectativas dos clientes.
A personalização de produtos e serviços frente à alta da tecnologia
Tendo em vista a substancial evolução no perfil de consumo de Internet nas redes corporativas, a personalização de produtos e serviços se torna uma premissa incontornável para as empresas de telecomunicações. Isso porque com a proliferação de soluções em nuvens, Internet das Coisas (IoT) e outras aplicações inovadoras as demandas do mercado em relação aos serviços de Internet se transformaram, e as empresas do setor têm a necessidade de ajustar suas estratégias para corresponder a essa nova dinâmica. Assim, está colocado ao setor de telecomunicações o desafio de inovar na oferta de serviços, centralizando o cliente nesse processo e desenhando ofertas aderentes às particularidades de cada negócio.
A busca pela inovação e pela primazia em um cenário altamente competitivo exige das empresas de telecomunicações a compreensão profunda das necessidades e desejos dos clientes, a fim de se destacar na era da experiência, em que a personalização não mais se constitui como uma mera conveniência, mas, sim, como um elemento estratégico, enraizado no cerne das operações comerciais. Ao identificar e adaptar-se aos requisitos particulares de cada cliente, as empresas podem não apenas solidificar sua posição no mercado, mas também estabelecer uma fidelidade duradoura, construindo uma base sólida para prosperar num ambiente de negócios dinâmico.
A segurança cibernética em meio ao processo de digitalização
Em meio à massificação do uso de novas tecnologias, a segurança cibernética posiciona-se como um tema de crescente relevância. Com o uso da tecnologia em nuvem, por exemplo, a topologia das redes corporativas foi transformada, transitando de uma configuração centralizada para uma estrutura descentralizada, abrindo as comportas para um universo virtual sem precedentes. Esse advento tecnológico, que reconfigurou as bases da infraestrutura, resultou em uma redução substancial da dependência de instalações físicas (hardware), elevando, ao mesmo tempo, a importância da segurança cibernética.
Nesse novo panorama, o monitoramento contínuo de rede figura como uma das esferas primordiais da segurança cibernética, uma vez que possibilita a detecção ágil de quaisquer anormalidades e ameaças potenciais. A par disso, a adoção do backup em nuvem também surge como uma salvaguarda crucial para resguardar a integridade dos dados corporativos, conferindo às empresas uma rede resiliente e apta a enfrentar desafios adversos. Conforme a tecnologia em nuvem se torna cada vez mais presente nas redes corporativas, a importância da segurança cibernética se torna incontestável como uma proteção indispensável para os ativos digitais, preservando o núcleo de valor das organizações em meio a um contexto em que a vulnerabilidade virtual jamais pode ser negligenciada.
Por fim, na perspectiva das operadoras, é imperativo transcender a mera provisão de rede e infraestrutura, assumindo o papel de protagonistas nessa revolução, colaborando com seus clientes ao oferecer soluções que atendam precisamente às suas necessidades e na velocidade exigida. A tecnologia, indubitavelmente, se tornou a força motriz por trás da competitividade e da inovação, impelindo as empresas de Telecom a se adaptarem rapidamente às demandas emergentes e a adotarem a personalização como um diferencial estratégico.
E para prosperar nesse cenário dinâmico, as empresas do setor devem estar cientes da importância incontestável da segurança das redes corporativas, assegurando a integridade dos dados e protegendo-se contra potenciais ameaças cibernéticas. Ao se inserirem de forma proativa nesse cenário em transformação, é preciso perseguir o equilíbrio entre tecnologia, competitividade, inovação e segurança, para que esses conceitos se entrelacem de maneira harmoniosa em prol do sucesso corporativo.
*Paulo Torres é Diretor Nacional de Canais da WCS Conectologia. Com 35 anos de experiência na área comercial, sendo 25 anos no segmento de telecomunicações, o executivo é graduado em Marketing com ênfase em Gestão de Negócios pela ESPM.