A nova rotina pós pandemia impulsionou o crescimento da economia digital. A mudança de hábitos cotidianos como o home office, ensino à distância e telemedicina contribuem para o aumento do tráfego de dados e a velocidade de dados da internet 5G é 100 vezes mais rápida, o que demanda mais espaço de armazenamento. Essa tecnologia impulsiona a Transformação Digital, IoT (Internet of Things) e smart cities.

Todos esses fatores geram uma demanda cada vez maior dos data centers. O investimento é alto em infraestrutura para que as informações sejam processadas e armazenadas de forma que a qualidade dos dados acompanhe a evolução da tecnologia. Além disso, o consumo de energia é o maior custo, e, à medida em que aumenta o processamento de dados, gera-se mais calor, o que requer mais energia para a manutenção da temperatura em níveis adequados de operação, elevando ainda mais esse gasto.

Um estudo realizado pela Aryston estima um crescimento de 8% em investimentos no setor até 2027. Diante desse cenário de expansão e também impulsionado pelas mudanças climáticas, a pressão sobre os data centers para a adoção de práticas sustentáveis se intensificou. O setor já sofre diretamente com as mudanças no clima. Neste ano, por exemplo, as fortes ondas de calor na Europa afetaram equipamentos de grandes empresas, como Google e Oracle, trazendo impactos para estas companhias.

A necessidade de mitigação desses efeitos tem sido tema de discussões importantes, como as que ocorreram na COP27, no último mês, no Egito. Um dos tópicos abordados durante a conferência foi a transição energética, assunto de extrema relevância quando falamos sobre a descarbonização, ou seja, a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Nesse sentido, o Brasil sai na frente, uma vez que consideramos a ampla matriz energética renovável que nosso país possui. Em 2021, 79% da nossa geração foi oriunda de fontes renováveis, segunda dados da EPE – Empresa de Pesquisa Energética.

Apesar disso, ainda há um longo caminho a ser percorrido para um futuro mais sustentável. A boa notícia é que as empresas de data center vêm buscando cada vez mais implementar ações para reduzir seus impactos ambientais. Um exemplo disso é o Google, que firmou uma parceria com a AES nos Estados Unidos, a qual garantiu que seus data centers fossem alimentados com energia livre de carbono 24 horas por dia, 7 dias por semana, garantida hora a hora.

Um outro caminho para tornar as empresas mais sustentáveis é entrando para o Mercado Livre de Energia, ambiente de contratação onde é possível negociar o fornecimento de energia elétrica diretamente com empresas geradoras ou comercializadoras. Nessa relação, estabelece-se bilateralmente preços, prazos, volumes, entre outras condições comerciais e contratuais. Essa é uma das formas mais acessíveis e práticas de alinhar a demanda energética com sustentabilidade, já que viabiliza o consumo através de fontes renováveis (eólica, solar e hídrica).

O consumo de energia do setor, dentro do Mercado Livre, cresceu 84% nos últimos 5 anos, pulando de 97 MWm em 2018 para aproximadamente 180 MWm¹ neste ano, segundo dados da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Isso mostra o quanto esse tipo de contratação tem sido benéfico para os data centers, gerando uma economia significativa.

Ainda, como forma de comprovar o consumo renovável de energia e fomentar compromissos sustentáveis, é crescente o mercado dos certificados de energia renovável, opção de produto que permite a rastreabilidade para cada unidade de energia consumida.

Portanto, é fundamental se atentar para a escolha do fornecedor de energia, não somente para garantir a qualidade do serviço bem como para se certificar que aquela energia é realmente limpa. Nesse sentido, a AES Brasil se destaca, já que conta com um portfólio de energia 100% renovável e possui solidez no mercado. Acelerando o futuro da energia há mais de 20 anos, a empresa oferece soluções inovadoras e customizadas dentro das necessidades dos clientes, apoiando-os como um importante parceiro em sua busca pela transição energética.