Foto: Ricardo Stuckert / PR
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Os Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Emmanuel Macron, da França, uniram forças em uma reunião histórica realizada em Belém do Pará, em 26 de março de 2024, para reforçar compromissos ambientais vitais em um momento crucial para o planeta.

Em um evento marcado pela determinação em enfrentar a crise climática, os líderes adotaram declarações conjuntas que delineiam uma agenda robusta para a cooperação ambiental entre Brasil e França, bem como compromissos para impulsionar a ação global contra a mudança do clima.

Um dos principais pontos de destaque foi o compromisso renovado com o Acordo de Paris, com ambos os presidentes concordando em acelerar os esforços para limitar o aquecimento global a +1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Eles enfatizaram a necessidade de uma ação decisiva nesta década, baseada no melhor conhecimento científico disponível e na equidade, para atender a esse objetivo ambicioso.

Além disso, os líderes saudaram o "Consenso dos Emirados Árabes Unidos" e expressaram preocupação com as lacunas de implementação identificadas pelo I Balanço Global do Acordo de Paris durante a COP28. Comprometeram-se a fortalecer a ambição coletiva de ação e apoio, especialmente através do aumento da ambição das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) já em 2024.

Em relação à transição energética, o Presidente Macron reafirmou o apoio à presidência do Brasil na COP30 em 2025, destacando a importância de novas NDCs e o compromisso com a saída gradual dos combustíveis fósseis. Ambos os presidentes concordaram em acelerar ainda mais os esforços rumo à neutralidade de emissões (net zero) até 2050 e em apoiar iniciativas que respondam ao Consenso dos Emirados Árabes Unidos.

A proteção da Amazônia e de outros biomas também foi enfatizada, com o compromisso de conservação, restauração e gestão sustentável das florestas tropicais. Os líderes acordaram em trabalhar em uma agenda ambiciosa, incluindo um roteiro franco-brasileiro para a bioeconomia e a proteção das florestas tropicais, com foco no desenvolvimento de instrumentos financeiros e mecanismos de mercado para acabar com o desmatamento até 2030.

Além disso, destacaram a importância da ciência, da educação e da transferência de tecnologia na luta contra a mudança do clima, comprometendo-se a promover maior aproximação entre cientistas, educadores e estudantes dos dois países.

Os presidentes concluíram a reunião reiterando a centralidade da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, enfatizando seu compromisso com a erradicação da pobreza e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O diálogo e a cooperação entre as duas nações continuarão a ser fortalecidos, com ambos os líderes comprometendo-se a mobilizar seus parceiros em torno do objetivo de aumentar a ambição dos compromissos de cada país até a COP30, em Belém, e além.