Dois supercomputadores brasileiros construídos pela Atos estão sendo utilizados em pesquisas para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra o novo coronavírus: o Santos Dumont, pertencente ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e o Ogbon, do Senai Cimatec da Bahia. Os supercomputadores estão entre os maiores da América Latina e fazem parte do ranking global TOP 500, que lista os computadores mais poderosos do mundo. A iniciativa é liderada pelo departamento de Química da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

No momento, a instituição americana coordena o projeto Folding@home, que estuda a evolução do vírus no corpo humano, partindo da interação de proteínas virais - o que abre caminho para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos específicos. Devido à alta performance e capacidade, supercomputadores contribuem com esse tipo de pesquisa uma vez que são utilizados para processamento paralelo, cálculos complexos e tarefas extensas e intensivas - processos que exigem na ordem de quatrilhões de cálculos por segundo.

O Santos Dumont, instalado no LNCC, no Rio de Janeiro, terá 60% da sua capacidade destinada ao projeto Folding@home, ou seja, 2 petaflops (o equivalente a 2 milhões de laptops juntos). Já o Ogbon, que fica alocado no Centro de Supercomputação do Senai Cimatec, em Salvador, terá 50% da capacidade voltada à pesquisa, o que corresponde a 1 petaflop (ou 1 milhão de laptops).

"Nosso objetivo é conectar pessoas, tecnologia e negócios para ajudar a melhorar o mundo em que vivemos. O uso dos nossos supercomputadores na luta contra o avanço da Covid-19 traduz exatamente isso. Estamos muito orgulhosos de prover tecnologia de alta performance para o apoio e desenvolvimento de pesquisas que podem salvar milhões de vidas", afirma Luis Casuscelli, diretor de Big Data and Cibersecurity da Atos para América do Sul. "As máquinas da Atos já ajudaram os cientistas do LNCC a identificar a origem da entrada do vírus no Brasil e também da transmissão comunitária", completa o executivo.