A Scala Data Centers anunciou uma nova emissão de debêntures verdes (green debentures) no valor de R$ 1,07 bilhão (US$ 215 milhões), com vencimento em seis anos. A transação representa a segunda maior emissão do tipo realizada pelo setor de data centers no Brasil, atrás apenas da própria Scala, refletindo o compromisso inegociável da companhia com a sustentabilidade e com crescimento de infraestrutura digital de alta eficiência, escalável e de longo prazo.

Os recursos provenientes dessas debêntures serão direcionados à construção no Brasil de data centers voltados para clientes Hyperscale com a finalidade de atender a demandas de Cloud. As novas infraestruturas de TI da empresa serão construídas com máxima eficiência energética, com um PUE (Power Usage Effectiveness, índice que mede a eficiência energética) médio anual inferior a 1,45. A estratégia inclui 100% dos data centers alimentados com energia renovável e certificada, numa operação totalmente neutra em carbono, em linha com o portfólio da Scala.

“Continuaremos inovando para atender às crescentes demandas do mercado Hyperscale por meio de construções future-proof (à prova de futuro), ou seja, que já levam em conta posteriores aumentos das densidades por rack sem interrupções no ambiente produtivo. Essas infraestruturas combinam flexibilidade e inovação para acomodar tecnologias emergentes, e novas cargas de trabalho que ainda estão por vir à região”, afirma Marcos Peigo, CEO e cofundador da Scala. A América Latina é um mercado em expansão, avaliado atualmente em US$ 5,51 bilhões e com previsão de atingir US$ 8,81 bilhões até 2028, segundo dados da consultoria Arizton. “Nosso plano está perfeitamente alinhado com as tendências e as demandas do setor. A Scala ocupa uma posição estratégica ideal para capturar o crescimento sustentável do mercado de Hyperscale”, complementa o executivo.

Ana Romantini, vice-presidente de Finanças da Scala, enfatiza a condução de um processo altamente estruturado para a emissão, que contou com a adesão de diversos bancos. "A nossa solicitação de propostas (RFP) atraiu a participação de cinco instituições financeiras, gerando ofertas no valor total de R$ 2,8 bilhões. Esse êxito reflete de forma inequívoca como o mercado tem recebido a firme estratégia de crescimento sustentável e de longo prazo da Scala", afirma.

Dadas as ações sustentáveis em curso desde a sua fundação, a Scala pôde emitir debêntures verdes em vez de Títulos Vinculados a Metas de Sustentabilidade (SLBs), que são atrelados a promessas futuras. A companhia possui, hoje, um portfólio de data centers com o menor PUE da América Latina e opera com neutralidade em carbono, além de iniciativas de qualificação profissional e educacional nas comunidades onde atua.

A segunda emissão de debêntures verdes da Scala teve o Bradesco BBI como coordenador líder, em conjunto com o coordenador UBS BB. A operação foi emitida em reais com swap para dólares, com o objetivo de manter a emissão da dívida na mesma moeda dos contratos estabelecidos entre a empresa e os seus clientes – numa proteção para possíveis flutuações cambiais.

Em dezembro de 2022, a empresa efetuou a sua primeira emissão de debêntures verdes no valor de R$ 2 bilhões, que foram utilizados como parte dos recursos para financiar o plano de expansão da empresa. À época, a operação foi classificada como a maior já realizada no Brasil e a primeira do gênero no setor de data centers no país.