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O Santander Brasil inaugura hoje seu data center em Campinas (SP). Construído em um terreno de 800 mil metros quadrados, com investimento total de R$ 1,1 bilhão, o novo complexo concentra todo processamento e armazenamento de dados do Banco, além de garantir: mais velocidade nas operações; segurança no armazenamento; estabilidade para os sistemas; infraestrutura para atender a mais clientes e agilidade para a adoção das tecnologias que estão por vir.

“Estamos muito orgulhosos porque, além de ser altamente inovador e sustentável, o data center leva o Santander Brasil a um novo patamar em recursos tecnológicos”, afirma Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil. “A estrutura garante plena capacidade para suportar a expansão comercial que iniciamos e nos permite acelerar ainda mais os planos de crescimento.”

O novo data center triplica o espaço físico das instalações que abrigam os equipamentos responsáveis pelo processamento e armazenagem de dados do Santander. As instalações possuem hoje capacidade de armazenamento superior a 5 Petabytes (o equivalente a 5 milhões de Gigabytes) em Storage virtualizado, e o mainframe – principal computador do Banco – pode realizar, em média, 210 milhões de transações por dia. Os números são mais do que suficientes para atender às atuais necessidades da instituição.

Além disso, é importante ressaltar que a infraestrutura instalada, com disponibilidade de área, fontes de energia e sistemas de refrigeração, permite acompanhar e antecipar o crescimento da demanda. A base tecnológica do Santander Brasil foi renovada, com equipamentos e soluções que garantem respostas mais rápidas, evitam intermitências e aumentam a segurança e o sigilo das operações dos clientes.

O complexo também poderá funcionar, futuramente, como um centro de comando do Grupo Santander para as unidades da América Latina, pois possui recursos tecnológicos e capacidade para monitorar todas as agências e servidores que a instituição possui na região.

O novo data center do Santander foi o pioneiro na América Latina a receber a certificação TIER IV, que reconhece, em grau máximo, as condições de infraestrutura e segurança do projeto e das instalações. Na verdade, o complexo teve de fazer jus a duas certificações, pois é formado por construções idênticas, espelhadas e conectadas entre si. Esse modelo de dois prédios, chamado de Twin Compliance, faz com que, em caso de pane ou manutenção em um deles, o outro garanta não só o pleno funcionamento dos sistemas do banco como a continuidade das operações em andamento.

Apenas outros 12 no mundo possuem esse selo, que exige que um centro de processamento de dados leve ao extremo os conceitos de modularidade, autonomia e regeneração. Ou seja, é necessário que os sistemas sejam segregados, para que eventuais problemas em um deles não afetem os demais; possam se manter em funcionamento mesmo se houver queda na rede de energia e ainda tenham a capacidade de continuar operando, sem a necessidade de intervenção humana, caso algum imprevisto exija o acionamento de um equipamento de reserva.

Um data center TIER IV precisa garantir 99,995% de disponibilidade dos dados armazenados. Um cálculo simples revela que o tempo de parada máximo admitido em um ano seria inferior a 24 minutos. Como, na prática, o complexo compreende dois data centers idênticos, estatisticamente esse intervalo se reduz para insignificantes 79 milissegundos anuais.

Por se tratar de um TIER IV, o data center do Santander mantém, em cada uma das instalações, dois sistemas independentes de alimentação e ainda um terceiro conjunto de geradores de reserva, capaz de garantir o andamento normal das operações até mesmo se os dois prédios ficarem sem energia. Esse sistema é conhecido como 2N+1. Além disso, mesmo que o abastecimento pela rede elétrica seja interrompido, o complexo pode se operar a plena capacidade por até quatro dias sem a necessidade de reabastecer os geradores com combustível.

A construção seguiu também o modelo de bunker semi-enterrado, que consiste em envolver as instalações com uma camada de terra (talude), de modo a reduzir o impacto em caso de colisões de veículos, e com paredes e lajes reforçadas, capazes de suportar o peso dos pisos superiores em caso de desabamento.

Sustentabilidade e eficiência

Além de seguros, os sistemas são altamente eficientes e reduzem ao mínimo os impactos ambientais. Com o novo data center, as emissões de carbono do Santander Brasil correspondentes às atividades de processamento de dados foram cortadas em cerca de 30%, o que equivale a menos 3,6 mil toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano.

Os geradores de energia são livres de baterias de chumbo e o sistema de refrigeração por condensação a ar dispensa o uso de água. A climatização é garantida por chillers com compressores magnéticos, cujos rotores flutuam, ou seja, giram sem tocar nos mancais – o que elimina o atrito das peças e, consequentemente, o consumo de energia, o ruído e a necessidade de uso de lubrificantes. E o sistema free cooling permite que, à noite, o ar mais frio do exterior das instalações seja utilizado em substituição ao refrigerado.

A tecnologia de virtualização, que torna possível o uso compartilhado da capacidade dos processadores ao agrupá-los em servidores virtuais, é largamente empregada. O data center conta, hoje, com cerca de 9 mil servidores virtualizados, o que garante o melhor aproveitamento possível dos equipamentos, além de menor gasto energético.

A eficiência energética, medida em PUE (Power Utilization Effectiveness, ou Efetividade do Uso de Energia), melhorou 28% em relação à estrutura antiga e está em um nível 15% superior à média do mercado brasileiro. O indicador compara o total de energia gasta no complexo com o consumo dos equipamentos que fazem o processamento dos dados. 

Do ponto de vista arquitetônico, a estrutura foi planejada para reduzir o aquecimento por insolação, bloquear o som para reduzir o ruído externo e para promover o aproveitamento de água de chuva, o tratamento de resíduos e o uso da luz e calor solares nos prédios de apoio. Além disso, 80% da área do data center ficou livre de impermeabilização, o que permitiu o replantio de 25 mil mudas da vegetação nativa. Durante as obras, as medidas necessárias foram tomadas para causar o menor impacto possível às mais de 100 espécies da fauna local.

Em resumo, foram atendidas todas as normas para a obtenção do selo que atesta o nível máximo de sustentabilidade para novas construções, o LEED Gold, concedido pelo Green Building Council (GBC) Brasil. O processo de certificação está em andamento.

Compromisso com o país

O cuidado em cada detalhe e o rigor no cumprimento das normas mais exigentes do mercado mundial fizeram com que o data center do Santander já nascesse como uma referência internacional. Segundo Christopher Brown, vice-presidente de operações do órgão responsável pela classificação TIER, o Uptime Institute, o complexo é “um dos três melhores projetos do mundo”. O que só reforça forte compromisso do Santander com o Brasil. “Só um banco que acredita no país e tem planos sérios de crescimento é capaz de fazer um investimento desta magnitude”, conclui Jesús Zabalza.