O setor de tecnologia no Brasil está passando por um notável crescimento, impulsionado não apenas pela inovação constante, mas também pelos investimentos estratégicos, a crescente demanda por soluções digitais e o grande número de vagas disponíveis na área. De acordo com dados fornecidos pelo International Data Corporation (IDC), o mercado de TI deve crescer 11% na América Latina em 2024, com destaque para o Brasil que deve apresentar um aumento de 12%.

Apesar deste crescimento, o Brasil tem apresentado, nos últimos anos, uma dificuldade na retenção de talentos. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a taxa média de rotatividade demissional no Brasil entre abril de 2022 e maio de 2023 foi de 51%, uma das maiores do mundo. No setor de “Tech” a taxa de saída de profissionais é de 13,20%, apresentando a taxa mais alta quando comparada com outros setores, de acordo com relatório produzido pelo LinkedIn.

De acordo com Carolina Florence, Diretora de Comunicação, Desenvolvimento Humano & Gestão Organizacional da i4pro, para se manter em um mercado de grande competição e de constantes mudanças, é necessário investir em um capital humano motivado e engajado.

A baixa rotatividade de profissionais de tecnologia em uma empresa é um indicador positivo, pois cria um ambiente de trabalho estável, promove a continuidade em projetos críticos e estimula a colaboração de longo prazo. Para estes profissionais, a estabilidade no emprego se traduz em um ambiente mais propício ao desenvolvimento de habilidades, possibilitando que eles se aprimorem continuamente e contribuam de maneira mais eficaz para o sucesso da empresa. Além disso, a baixa rotatividade reduz os custos associados à contratação e treinamento, permitindo que as empresas invistam mais em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“Com a adoção de programas que valorizem os colaboradores, modelos de trabalho que possibilitem melhor qualidade de vida e oportunidade de desenvolvimento profissional, conseguimos proporcionar um ambiente seguro e garantir que o time se sinta especial e parte da cultura da empresa”, explica Carolina.

Este panorama reforça a importância das empresas continuarem investindo em práticas eficazes de retenção de talentos, não apenas para garantir um ambiente de trabalho saudável, mas também para impulsionar o crescimento e a inovação no setor de tecnologia brasileiro.