Em fase final, a primeira etapa do programa Norte Conectado está levando conectividade para a Região Amazônica, por meio da implantação de uma rede de infraestrutura (backbone) em fibra óptica. Até o momento, a infovia 00, trecho inicial da iniciativa, está praticamente concluído (97% de execução). No total, já foram investidos R$ 76,9 milhões e instalados 705 quilômetros de cabos no leito do Rio Amazonas, que irão conectar a rota de Macapá (AP) a Alenquer (PA), passando pelas cidades paraenses de Almeirim, Monte Alegre e Santarém.

Além dos cabos em fibra óptica instalados no leito do rio, o backbone já está operacional. As empresas do Operador Neutro devem assumir os trabalhos nos próximos dias. As conexões urbanas de rede também já foram finalizadas em algumas das cidades. A entrega depende agora da conclusão desta etapa e da emissão de licenciamentos ambientais.

O Norte Conectado é coordenado pelo Ministério das Comunicações (MCom) e executado em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Parte do Programa Amazônia Conectada, o projeto é considerado de baixo impacto ambiental, uma vez que usa o leito dos rios para chegar até a população, sem provocar desmatamento.

“Além de levar o acesso à internet para cidades com pouca ou nenhuma conectividade, esta iniciativa tem um impacto ambiental muito baixo, uma vez que estamos fazendo uma rede subfluvial que integrará as principais comunidades sem derrubar nenhuma árvore”, apontou a secretária de Telecomunicações, Nathália Lobo. A implantação do cabo de fibra óptica no Amazonas só teve início após aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O órgão avaliou possíveis impactos ambientais e autorizou as licenças para a viabilização do empreendimento.

A Infovia 00 é a primeira de oito infovias, que conectarão ao todo 58 cidades do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima com 12 mil km de cabos ópticos subfluviais no leito dos rios Amazonas, Negro, Solimões, Madeira, Purus, Juruá e Rio Branco. Cerca de 10 milhões de pessoas serão beneficiadas. Além de acesso à internet em alta velocidade e atendimento às instituições de ensino e pesquisa locais, a expectativa é de que o projeto alavanque o desenvolvimento econômico da região e fortaleça políticas públicas de educação, saúde, segurança, defesa e judiciário.