“A Vertiv LATAM conta com diversas mulheres em posição de liderança. A solidez da nossa oferta encontra eco em profissionais com anos de experiência e comprovada competência. Esse quadro só irá aumentar nos próximos anos”, afirma a Operations Director Latin America da Vertiv, Camila Velloso, ressaltando, que segundo ela, as barreiras que uma mulher tem que transpor para entrar e se consolidar no mercado de TI são as mesmas encontradas por homens. “Não vejo grandes diferenças entre os mercados. Creio que as barreiras que a mulher precisa transpor hoje estão muito mais relacionadas a valores da organização, independente da área de atuação”, declara.

DCD: As mulheres estão cada vez mais ocupando cargos técnicos ou ainda somente em áreas mais gerenciais?

Camila Velloso: Minha percepção é de que termos mais mulheres em cargos gerenciais abre caminhos para mais mulheres em todas as áreas. Não é uma questão de mulheres serem melhores do que homens, mas de terem oportunidades iguais de contratação e crescimento. Havia, e ainda há, um estigma de que as mulheres não são “duras” o suficiente ou que são boas para atuar em áreas como RH – pois subentende-se que são mais sensíveis no manejo com pessoas – o que em minha percepção não faz sentido já que estudos comportamentais nos mostraram os diferentes tipos de aptidões e personalidades que não tem nada relacionado a gênero. Assim como há excelentes homens profissionais de RH, há excelente profissionais mulheres em áreas de engenharia, serviços e operações. A partir do momento que tivermos igual proporção de gêneros nos ambientes de trabalho (assim como temos na distribuição populacional) acredito que os mitos serão desfeitos.

DCD: A equação Mulheres em TI + Liderança + Equiparação Salarial = Uma realidade, se aplica no Brasil?

C. V.: Mais uma vez, acredito que a situação de equiparação salarial está muito mais relacionada aos valores da organização do que ao mercado de atuação. Sabemos que não só no Brasil, mas na maioria dos países, cargos de liderança sênior são predominantemente masculinos, entretanto, a mudança que estamos testemunhando de mulheres se destacando e assumindo lideranças políticas e empreendendo com ideias disruptivas, demonstra que estamos avançando. A velocidade com que vamos avançar depende do ajuste de mentalidade de cada um de nós.

DCD: Que perspectivas a Vertiv traça para o Brasil neste ano de 2021?

C. V.: O nosso mercado já era essencial porque é impossível pensar em um mundo que não esteja conectado e utilizando dados de maneira inteligente. A pandemia reforçou a importância da nossa área de atuação e sabemos que temos uma missão extremamente importante de manter as operações disponíveis, viabilizar negócios, aproximar pessoas e manter o mundo funcionando – mesmo a distância.

DCD: Será um ano em que a adoção de novas tecnologias avançará?

C. V.: A Vertiv está sempre investindo em inovação, em especial, para o aumento de eficiência e desenvolvimento de produtos para atender as mudanças de necessidade – que são cada vez mais velozes. A chegada de novas tecnologias demanda infraestrutura para permitir com que ela seja utilizada satisfatoriamente. Por isso, ainda acredito que este ano, no Brasil, devemos continuar focados em preparar essa fundação.

DCD: Como as empresas brasileiras estão reagindo diante do cenário atual?

C. V.: O Brasil é um país majoritariamente composto por pequenas e médias empresas, por empreendedores, que estavam bastante habituados com a maneira tradicional de mover os negócios. Lamentavelmente não houve preparação e tempo para uma transição digital que implica em mudança de estratégia de vendas e investimento. Mas os empreendedores brasileiros são, de um modo geral, criativos e estão tentando sobreviver de todas as formas, e se ajustarem.