A Intel construiu o maior sistema neuromórfico do mundo, um sistema de computador modelado a partir do cérebro e do sistema nervoso humanos.

Com o codinome Hala Point, o sistema de 1,15 bilhão de neurônios avança o trabalho feito pelo sistema de pesquisa em larga escala de primeira geração da empresa, o Pohoiki Springs, ao fornecer 10 vezes mais capacidade neural e 12 vezes mais desempenho.

O sistema de 20 petaops (não confundir com petaflops) está localizado nos Laboratórios Nacionais de Sandia do Departamento de Energia (DOE). Ele consiste em 1.152 processadores Loihi 2 produzidos no nodo de processo Intel 4 em um gabinete de Data Center de seis racks; e mais de 2300 processadores x86 integrados para computação auxiliar.

Lançado em 2021, o Loihi 2 é composto por 128 núcleos neurais e seis processadores integrados conectados por meio de uma rede no chip.

A Intel disse que a eficiência do sistema pode chegar a 15 TOPS/W no INT8, o que, segundo a empresa, permite superar os sistemas construídos com arquitetura tradicional de GPU e CPU.

Além dos 1,15 bilhão de neurônios, o sistema também suporta até 128 bilhões de sinapses espalhadas por mais de 140.544 núcleos de processamento neuromórfico, consumindo no máximo 2.600 watts de energia. A Intel diz que a capacidade neural do Hala Point o torna aproximadamente equivalente ao cérebro de uma coruja ou de um macaco-prego.

Os pesquisadores da Sandia usarão o Hala Point para pesquisas avançadas de computação em escala cerebral, com foco na resolução de problemas computacionais científicos em física de dispositivos e arquitetura de computadores.

“Trabalhar com o Hala Point aumenta a capacidade de nossa equipe Sandia de resolver problemas de modelagem científica e computacional”, disse Craig Vineyard, líder da equipe Hala Point no Sandia National Laboratories.

“Conduzir pesquisas com um sistema desse tamanho nos permitirá acompanhar a evolução da IA em campos que vão do comercial à defesa e à ciência básica”.