Os data centers, reconhecidamente os cérebros e os corações pulsantes da internet, são grandes consumidores energia, sobretudo para resfriar as salas dos servidores e remover a enorme quantidade de calor que eles geram. Estima-se que 10% de toda a eletricidade seja usada no ecossistema de TI, o que torna a redução do impacto da digitalização no clima uma alta prioridade.

Em resposta ao crescimento exponencial do consumo de energia do data center, a multinacional dinamarquesa Danfoss decidiu construir data centers que serão um exemplo para projetos futuros. A Danfoss possui as tecnologias para resfriar data centers de uma forma mais ecológica para reduzir o consumo de energia dentro deles e reutilizar o excesso de calor para outras aplicações.

“Resfriamos nossos data centers de maneira muito eficiente em termos de energia e recuperamos e reutilizamos o excesso de calor produzido nos data centers. Isso é o que consideramos digitalização verde”, comenta o vice-presidente sênior e CIO do Danfoss Group IT, Sune T. Baastrup.

Data centers como usinas de energia

As tecnologias incluem chillers e bombas de calor com a tecnologia Danfoss Turbocor, que permite que os data centers sejam resfriados até 30% com mais eficiência e recuperem o excesso de calor gerado.

A descarbonização dos data centers começa no lado do resfriamento. A Danfoss possui um amplo portfólio e experiência para reduzir as emissões diretas e indiretas de CO² com refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (PAG) e soluções eficazes em termos de energia. As tecnologias da companhia também são otimizadas para condições operacionais em temperaturas mais altas para permitir menos necessidade de resfriamento, reduzindo naturalmente o consumo de energia usada para resfriamento.

Além disso, a Danfoss possui soluções inovadoras para recuperação de calor. O excesso de calor é gerado pelo equipamento do servidor como parte da operação do data center e é descarregado na atmosfera. Utilizar esse excesso de calor para uso em aplicações de aquecimento, em vez de permitir que ele escape, representa uma grande oportunidade para a Danfoss fornecer uma solução ambientalmente correta, que ajudará a empresa a atingir a descarbonização global completa até 2030.

A descarbonização Danfoss

Um exemplo desse conceito é a sede da Danfoss, localizada em Nordborg, Dinamarca. Em 2015,  foi utilizado 100% combustível fóssil. Em 2022, será neutro em termos de CO². E, em 2024, o excesso de calor reutilizado dos data centers da Danfoss fornecerá 25% do fornecimento geral de calor para os 250 mil metros quadrados de fábricas e escritórios. 

A localização desempenha um fator chave para otimizar o uso de calor em excesso. O data center ficará próximo ao local de uso de dados e onde a área local pode se beneficiar do excesso de calor. Isso oferece a oportunidade de usar sistemas de bomba de calor sem óleo para transformar o data center em uma fonte de calor. O excesso de calor do data center pode então ser distribuído para um bairro local, ajudando a reduzir os custos de energia do data center e diminuindo as emissões de gases de efeito estufa.

“Os data centers do futuro serão híbridos, no qual combinaremos o melhor de dois mundos: a nuvem e o data center local. E utilizaremos o excesso de calor nas redes de energia perto de onde ele é produzido”, diz Sune T. Baastrup.

A Danfoss está em uma jornada de Transformação Digital, consolidando 20 data centers globais e 135 salas de servidores em um punhado de data centers, que serão todos construídos utilizando as tecnologias verdes da Danfoss.

“Colocamos as palavras em ação. Conseguimos construir nossos próprios data centers ecológicos, com eficácia em menos de meio ano. Queremos mostrar que a Transformação Digital e a transição verde andam de mãos dadas”, conclui o CIO da Danfoss.