A operadora sul-africana MTN investiu US$ 84 milhões para garantir que sua rede móvel continue operando em meio aos cortes regulares de energia.
Um relatório da Reuters na semana passada observou que o investimento também está sendo feito para combater o vandalismo e o roubo de baterias. A decisão de investir tão pesadamente em suas redes ocorre quando a África do Sul foi obrigada a impor cortes de energia devido ao agravamento da crise energética do país.
Na verdade, esses cortes de energia são os piores registrados no país, já que as usinas de carvão envelhecidas falharam, levando a empresa estatal de eletricidade Eskom da África do Sul a implementar cortes de energia de 12 horas.
Os geradores no país falharam sob a demanda por energia, o que significa que medidas de racionamento foram necessárias.
O país teve seu pior ano de cortes de energia no ano passado, com 205 dias de cortes de energia em série, já que o provedor de eletricidade sul-africano Eskom continua lutando, com a empresa supostamente US$ 22,7 bilhões em dívida e dependente de auxílios financeiros do governo para se manter solvente.
No entanto, como relatado pela Reuters, o CEO da MTN na África do Sul, Charles Molapisi, afirma que o programa nacional de "resiliência de rede" ajudará a melhorar a disponibilidade e estabilidade da rede a longo prazo.
"O investimento nos verá instalando energia solar, baterias e geradores, e aprimorando recursos de segurança em estações-base para garantir uma melhor disponibilidade de rede durante cortes de energia, quando muitos casos de roubo e vandalismo ocorrem", disse ele.
Relata-se que a MTN atualizou 3.253 sites com novas baterias, o que, segundo a empresa, deve melhorar a disponibilidade de rede para o segundo semestre deste ano.
Os cortes de energia também levaram a roubos e vandalismo, com mais de 1.000 incidentes de vandalismo registrados desde janeiro de 2022 apenas na província do Cabo Oriental, acrescentou. Isso levou as empresas de torres a considerar soluções como blocos de concreto para proteger as baterias, abrigos de concreto e armários de alta segurança.
