Um recente estudo da McKinsey destaca que o potencial da computação em nuvem triplicou em dois anos, podendo atingir a impressionante marca de US$ 3 trilhões em EBITDA até 2030. Apesar da perspectiva otimista, alcançar essa meta enfrenta alguns desafios.
Conforme o relatório, apenas uma em cada dez empresas aproveitou totalmente os benefícios da nuvem, enquanto cinco estão nos estágios iniciais desse processo. A lacuna entre ambição e realidade persiste, já que metade das grandes empresas migrou apenas uma pequena parte de seus aplicativos para a nuvem, representando uma média de 15 a 20% de migração.
A McKinsey observa que a migração eficaz para a nuvem vai além da simples substituição de servidores. É necessária uma abordagem refinada e, em alguns casos, uma reinvenção na forma como a tecnologia é desenvolvida e gerenciada. Muitas empresas adotam estratégias pouco eficientes ou limitam seus orçamentos de TI, contribuindo para a lentidão no processo.
Uma notícia positiva é que a inteligência artificial generativa (GenAI) surge como uma aliada promissora para acelerar a adoção da nuvem.
A GenAI tem o potencial de aumentar a produtividade do desenvolvedor e reduzir os custos de migração e modernização, acelerando o processo de migração. O estudo destaca que o retorno sobre o investimento (ROI) pode aumentar em até 110 pontos percentuais.
Os caminhos para a sinergia entre GenAI e nuvem são duplos: usar a nuvem para viabilizar aplicações de GenAI e, inversamente, utilizar a GenAI para acelerar o uso da computação em nuvem. Resultados preliminares mostram uma redução de cerca de 40% no tempo e custo necessários para tarefas como a correção de aplicativos.
Dos US$ 3 trilhões estimados em ganhos, a maior parte, até US$ 2,5 trilhões, virá da capacidade aumentada de inovação nos negócios. O relatório destaca a importância de focar em casos de uso de alto valor, construir uma arquitetura de nuvem robusta e gerenciar a transformação organizacional para alcançar esses ganhos.