A Algar Telecom, empresa de telecomunicações e TI do Grupo Algar, está colocando em funcionamento sua terceira usina fotovoltaica, desta vez em Bela Vista de Goiás, município do estado de Goiás. Nomeada de UFV Bela Vista, a unidade atenderá o consumo da companhia na região e ampliará a matriz elétrica de energia renovável para reduzir a emissão de gases de efeito estufa da companhia. A empresa parceira na iniciativa é a Athon Energia, que será responsável pela operação e manutenção do ativo.

O compromisso com a sustentabilidade, junto com fatores como o aumento das tarifas de energia elétrica e a redução no preço da energia solar ao longo da última década, vem estimulando os investimentos da Algar Telecom na geração fotovoltaica. A empresa decidiu começar a trabalhar com matriz elétrica própria em 2011, após um diagnóstico da área de governança climática, que verificou que a principal fonte de emissão de gases poluentes era fruto do consumo de energia. Em 2013, a companhia passou a gerar energia solar fotovoltaica, com 28 painéis na região de Uberlândia (MG). Em 2018, a inaugurou a primeira usina para autogeração, Capim Branco I, seguida pela Capim Branco II, em 2020.

“Com as usinas existentes no estado de Minas Gerais, já conseguimos atender praticamente 100% do consumo na área de concessão da distribuidora CEMIG. Como próximo passo, identificamos a necessidade e oportunidade de expandir o mesmo modelo para outras regiões do Brasil onde atuamos, começando por Goiás, na concessão da distribuidora ENEL GO”, conta Luis Lima, vice-presidente de Tecnologia e Evolução Digital.

A UFV Bela Vista já está em operação e, além de ser totalmente alinhada à jornada ESG da empresa, ainda proporcionará ganhos financeiros com a redução dos custos com energia elétrica. Sua capacidade de geração será direcionada para os créditos de energia da Algar Telecom, trazendo um ganho líquido de 12,5% nos gastos com energia daquela região e fortalecendo a matriz energética.

A nova fazenda solar tem 0,603 MWp de potência, ocupa uma área de 1,5 hectares e conta com 1.800 painéis fotovoltaicos. Considerando um consumo médio brasileiro de 165,1 kWh/mês (segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021 da EPE - Empresa de Pesquisa Energética), a unidade tem capacidade de geração equivalente ao atendimento de 612 residências.

“Ao longo dos anos, temos caminhado para a transição da matriz energética, tendo sido a primeira operadora a ter um site de telecomunicações do Brasil com energia fotovoltaica conectada à rede elétrica. Mesmo com o crescimento da companhia e expansão da nossa rede, todas as nossas iniciativas e investimentos em eficiência resultaram na redução do consumo de energia de 55.851 MWh, em 2020, para 54.977 MWh, em 2021”, complementa o executivo.

Matriz elétrica 100% renovável

Em junho deste ano, a Algar Telecom anunciou que alcançou a meta de ter 100% da sua matriz elétrica renovável. A conquista é reflexo do investimento da companhia nas usinas fotovoltaicas próprias, além da aquisição de fontes incentivadas do mercado livre e de certificados internacionais de energia renovável (I-RECs).

“A energia elétrica de qualidade é insumo essencial e insubstituível para garantir a estabilidade e segurança das nossas operações. Devido a sua relevância e potencial impacto ambiental, norteamos a gestão da energia em duas frentes de atuação: transição da matriz elétrica para fontes renováveis e eficiência energética, ambas com foco na redução de emissões de CO2”, conclui Lima.

No ano passado, a empresa também investiu na modernização de equipamentos de climatização, reduzindo o consumo de energia por meio da substituição dos aparelhos de ar-condicionado para modelos mais eficientes, com a troca daqueles que utilizam o gás R22, mais prejudicial para a camada de ozônio. Também foi realizado o monitoramento em tempo real do consumo de energia elétrica dos escritórios e prédios, permitindo identificar oportunidades de otimização do consumo e aumentar a eficiência.

A modernização das redes com o atendimento aos clientes por fibra óptica tem proporcionado reduções significativas no consumo de energia. Com estes projetos, em 2021, a empresa deixou de consumir aproximadamente 600 MWh/ano e atualmente 97% dos clientes banda larga já são atendidos por fibra na sua área de concessão.