Ganhadora do Latin America Data Center Development Award 2021, premiação outorgada pela DatacenterDynamics, especificamente para iniciativa de Data Center de Colocation com emissão de carbono neutro no Brasil, a Scala Data Centers mostrou ao mundo, que seus data centers superaram os limites do design e da construção, no contexto dos requisitos e desafios locais específicos.

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Em entrevista, Marcos Peigo, CEO e Board Member da Scala Data Centers, fala sobre este reconhecimento, além de projetos e metas com os quais a empresa inicia 2022, bem como as tendências tecnológicas que vão predominar na indústria de data centers neste ano. Confira.

DatacenterDynamics: O que esse reconhecimento significa para a Scala Data Centers?

Marcos Peigo: Eu diria que desde o início das operações do Scala Data Centers, em 2020, a sustentabilidade não é apenas um complemento, é de fato parte da nossa missão, que visa proporcionar uma nova visão de responsabilidade e compromisso com os nossos clientes, colaboradores e sociedade. Geramos resultados em escala de forma sustentável para a construção do futuro digital.

A chegada do 5G ao Brasil acelerará a busca por data centers descentralizados e de ponta. Estamos muito orgulhosos de ser o único provedor de Colocation da América Latina a ser indicado e agora vencedor do Latin American Data Center Development 2021, da DatacenterDynamics. Esse reconhecimento reforça que estamos no caminho certo para o sucesso e nos incentiva a continuar desenvolvendo soluções e data centers hiperescaláveis ​​e sustentáveis ​​de última geração.

DCD: Quais são os requisitos e desafios locais específicos que a Scala Data Centers teve que enfrentar?

M. P.: Oferecer projetos de data center de última geração aos nossos clientes, com visão de crescimento de longo prazo, proporcionando inovação, competitividade e alinhados com as premissas ambientais que, além de inerentes à Scala, cresceram como resultado da demanda do mercado. Significa trabalhar para antecipar o que nossos clientes precisam, antecipar suas demandas e ser, de fato, um consultor de confiança.

Mesmo neste cenário, na Scala procuramos sempre o melhor design e a máxima eficiência energética sustentável. Assim, nossos desafios mais específicos foram:

Analisar e avaliar as características ambientais e energéticas de cada país em que a Scala atua ou pretende iniciar suas operações, de forma a manter sempre um PUE inferior a 1,4, valor abaixo da média latino-americana, que gira em torno de 1,7 e 2,0, segundo dados da 451 Research; além de desenvolver novos equipamentos com fornecedores para garantir altíssima eficiência energética.

A Scala Data Centers é a primeira empresa de Colocation da América Latina a migrar para energia 100% renovável. Isso foi alcançado em grande parte por meio de PPAs e um processo de definição de escopo, práticas avançadas de aquisição e compensação de carbono. A empresa está reduzindo o Opex com sucesso ao mesmo tempo em que demonstra liderança em ESG na região.

DCD: Quais são os desafios mais importantes que a Scala Data Centers enfrentou para atingir o marco de 100% de energia renovável em suas instalações?

M. P.: O principal desafio é baseado no segmento em que atuamos. De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o setor de data centers consome 1% de toda a energia do mundo, um número bastante significativo, pois é a matéria-prima de nossos serviços.

Temos visto um aumento de empresas com foco na criação de metas de zerar emissões. Além disso, o Brasil passou recentemente por dificuldades em sua matriz energética, em função do período de estiagem. Nos posicionamos perante nossos clientes e a imprensa, deixando claro que esse cenário não seria motivo para mudar nossas ações sustentáveis ​​ou deixar de praticar o que acreditamos. Caso seja necessário alterar a fonte de energia atual, 100% hidrelétrica, o fornecedor de energia é responsável por oferecer e substituir outras fontes também baseadas em recursos naturais, como eólica ou solar.

Por isso, temos plena consciência do nosso impacto no meio ambiente e por isso estamos tão comprometidos em entregar valor por meio de uma economia de baixo carbono, sendo o primeiro provedor de Colocation da América Latina a trabalhar com energia 100% renovável e certificada.

DCD: Qual será o roteiro para os próximos Data Centers da Scala? Com que objetivos a empresa começa o ano?

M. P.: A Scala está totalmente comprometida em aumentar sua presença na América Latina. Já estamos construindo o SP4 e o SP5, dois data centers single-tenant, e planejamos construir o SP6, um mega site no complexo de Tamboré, localizado em Barureri (SP), e novos campi em Campinas, Jundiaí e São Paulo, com capacidade total de cerca de 300MW.

Em outras partes da América Latina, também temos planos de expandir nossa presença em locais estratégicos no México, Chile e Colômbia.

DCD: Que tendências a Scala aponta como principais para o setor de data centers em 2022?

M. P.: Acreditamos que a agenda de sustentabilidade ESG permanecerá forte. Temos visto um aumento de empresas com foco na criação de metas de zerar emissões e outros KPIs ambientais para melhorar seu desempenho ESG.

A chegada do 5G ao Brasil irá acelerar a busca por data centers descentralizados e de ponta, pois eles serão a base para uma boa experiência do usuário final.

A segurança e a busca por data centers single-tenant para acomodar o crescimento dos provedores de serviços em nuvem também exigirão foco, sendo também questões extremamente importantes para o mercado de tecnologia e impactando fortemente outros segmentos.

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