Quais são as expectativas de crescimento e desenvolvimento para o setor de data center em 2022?

O crescimento da indústria continua avançando e segundo vários analistas chegará a 1,3 bilhão de dólares em 2026. Os maiores investimentos estão no México e no Brasil, seguidos por Colômbia, Chile e Argentina, apesar dos desafios que esses dois últimos países tiveram em sua economia, eles também contam com projetos e investimentos interessantes. Só nos últimos 2 anos vimos um crescimento do mercado de soluções baseadas em nuvem ou "mercado de nuvem" que dobrou; vemos também a necessidade de suportar aplicações de baixíssima latência, convergência TI + OT, Indústria 4.0 e novas funções de rede virtualizada para implantação acelerada de redes 5G públicas e privadas. Com o impacto da pandemia de Covid-19, não é segredo que a necessidade de melhorar as redes de comunicação e armazenamento e processamento de dados para suporte ao MEC (Multi Access Edge Computing) acelerou e essa demanda está diretamente relacionada aos dados EDGE dos centros.

Que desafios a América Latina ainda precisa transpor para ingressar na Transformação Digital global? Quais são as vantagens de ser uma economia cada vez mais digital?

O segmento C&SP está revolucionando em nível regional devido à necessidade de atender às exigências das empresas que investem em data centers nos EUA e na Europa, que demandam um nível de eficiência energética e operacional muito superior ao que temos visto nos últimos anos. Para atender a essa demanda, a Schneider lançou suas soluções mais eficientes e robustas da América Latina, como a nova linha de chillers XRA com condensação a ar e compressores parafuso de velocidade variável, e o DSAF que repensou a lógica do free cooling.

Quando o assunto é sustentabilidade, como a indústria de data center pode contribuir? O que a Schneider Electric vem fazendo neste sentido?

Os data centers são a espinha dorsal, talvez de forma mais precisa e adequada, são o coração do nosso mundo digital. Todos os dados passam pelos data centers e, com a transição acelerada para um mundo mais automatizado e digital, é crucial que os data centers, grandes e pequenos para Edge Computing, suportem o aumento da demanda de forma eficiente e sustentável, oferecendo resiliência. Com esse aumento da demanda digital, o consumo de energia do setor de TI e o consumo de energia projetado são temas muito debatidos diante da crise climática. Atualmente, os data centers são responsáveis ​​por 2% das emissões mundiais de CO2, o equivalente ao setor aéreo global, de acordo com o último relatório do IPCC da ONU sobre mudanças climáticas. Para enfatizar esta estatística, de acordo com um relatório recente da Schneider Electric, a demanda de eletricidade do setor de TI deverá aumentar em cerca de 50% até 2030, atingindo 3.200 TWh.

Mesmo antes da pandemia, a indústria de data centers era a segunda maior poluidora do meio ambiente, considerando toda a cadeia produtiva que alimenta esse segmento (geração de energia, produção de componentes eletrônicos etc.), atrás apenas da indústria de aviação. No entanto, com as restrições impostas pelos governos para conter a propagação do contágio, houve uma diminuição significativa no número de voos, e um aumento significativo na utilização de sistemas de telecomunicações e informática, colocando os CPDs provavelmente na primeira posição do ranking. A Schneider, tendo o privilégio de ser fornecedora de soluções abrangentes para o segmento de data centers e operando em diversos países do mundo, é capaz de antecipar tendências de mercado e influenciar tomadores de decisão a seguir um caminho com menor pegada de carbono, menor consumo de energia e mais eficiência na utilização dos recursos e infraestrutura disponíveis. Um exemplo claro dessa forma de atuação é o desenvolvimento de sistemas de climatização com free cooling integrado, ou a utilização de Inteligência Artificial em data centers com sistema de climatização já existente.

A Schneider Electric pode ajudar clientes e parceiros em sua jornada de sustentabilidade, não importa onde estejam. Com mais de 2.000 consultores de sustentabilidade em todo o mundo, podemos orientar os profissionais de data center em tudo, desde a definição de estratégias ousadas e acionáveis, até o projeto, construção, operação e manutenção de práticas, serviços de compras, energia, descarbonização da cadeia de suprimentos e relatórios anuais.

Estamos em um momento de maior conectividade com um número crescente de dispositivos e também em um contexto de maior destaque da Edge Computing. Dentro deste aspecto, que benefícios as soluções de IoT da Schneider Electric oferecem?

Para ajudar o mercado a lidar com mais dados de maneira segura, eficiente e sustentável, a Schneider Electric desenvolveu uma plataforma habilitada para IoT chamada EcoStruxure, que nos permite inovar em todos os níveis, desde produtos conectados (independente de fornecedor), controle de perímetro até aplicativos, programas de análise e serviços. Com esse nível de gerenciamento e compreensão de informações, os data centers de edge podem dimensionar melhor sua infraestrutura, seja elétrica, de TI ou mecânica, contribuindo diretamente para um ambiente mais controlado que se traduz em menor latência.