A carreira de Fernanda Spinardi, Head of Solutions Architecture na AWS Brasil, começou com um enfático "não". Ela sonhava em estudar Engenharia Aeronáutica, mas não pôde fazer o exame de admissão para o curso porque na época não era permitido que mulheres ingressassem nessa carreira. Determinada a permanecer no mundo da engenharia, ela se mudou para São Paulo para estudar Engenharia Elétrica e se tornou uma das duas mulheres numa turma de 70 alunos. Os professores também eram, esmagadoramente, homens.
"Eu me sentia como se o mundo dissesse: 'Espere um momento, quem você pensa que é? O que está fazendo aqui?'", lembra Spinardi. O que fez a diferença foi ter pessoas próximas que acreditavam no seu potencial. "Sei que minhas dificuldades foram menores do que a da imensa maioria das brasileiras. Mas esta experiência me ensinou que existe uma magia em se aproximar das pessoas e ajudá-las a desbravar caminhos, e dizer para elas que sim é possível, mesmo quando o mundo parece dizer que não", acrescenta.
Hoje, como líder na AWS Brasil, Fernanda Spinardi continua desafiando limites e abrindo novas portas para aquelas que, assim como ela, enfrentam desafios aparentemente insuperáveis. A sua história é um poderoso lembrete de que, com determinação e apoio adequado, não existem limites para o que se pode alcançar, mesmo quando o mundo parece estar contra.
De acordo com o Índice Global de Lacuna de Gênero de 2023, nenhum país alcançou ainda a paridade de gênero plena. No entanto, nove países, incluindo Islândia, Noruega, Finlândia, Nova Zelândia, Suécia, Alemanha, Nicarágua, Namíbia e Lituânia, fecharam pelo menos 80% da sua lacuna. Pela décima quarta vez consecutiva, a Islândia lidera com 91,2%. Além disso, continua sendo o único país que fechou mais de 90% da sua lacuna.
À taxa atual de progresso, entre 2006 a 2023, serão necessários 162 anos para fechar a lacuna de gênero em "Empoderamento Político", 169 anos para a desigualdade de gênero em "Participação e Oportunidades Econômicas" e 16 anos para a de "Conquistas Educacionais". No entanto, o tempo para fechar a lacuna em "Saúde e Sobrevivência" ainda é indefinido.
Ao examinar mais de perto as ocupações em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), observa-se que as mulheres continuam significativamente sub-representadas na força de trabalho de STEM. Embora representem quase a metade (49,3%) do emprego total em ocupações "não STEM", constituem apenas 29,2% de todos os trabalhadores de STEM.
Além disso, as mulheres tendem a estar geralmente sub-representadas em papéis de liderança, especialmente no campo de STEM. Essa disparidade se acentua ainda mais em cargos de liderança de alto nível, como Vice-Presidente e C-suite, onde a representação de mulheres diminui para 17,8% e 12,4%, respectivamente.
"Reconheço que a presença de mulheres em cargos de liderança na indústria tem evoluído ano a ano, mas em números absolutos é ainda baixa. De acordo com uma pesquisa recente, feita pela Woman in Technology, menos de 20% dos cargos das áreas de tecnologia no Brasil são ocupados pelo gênero feminino. Muitas mulheres com potencial abandonam a profissão antes de atingirem cargos executivos, enfrentando desafios relacionados à administração do tempo e desequilíbrio de papéis em casa", afirma Crislaine Corradine, Diretora de Supply Chain da Elea Digital Data Centers.
Ela acrescenta: "Muitas vezes, estão preparadas tecnicamente para dar o próximo passo em direção à gestão, mas esbarram numa cultura ainda pouco diversa ou inclusiva, ou até mesmo a falta de exemplos femininos próximos que as motivem ou encorajem. Nesse sentido, reforço que iniciativas como a da Elea, de buscar mudar esse cenário com metas ambiciosas para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança, são vitais para que mudemos não só comportamentos, mas o cenário do segmento".
Como líder, Corradine tem trabalhado para superar estereótipos e construir uma rede de contatos eficiente, acolhedora e inspiradora, principalmente por estar em ambientes predominantemente dominados por homens. Segundo ela, é necessário investir em conscientização. "Percebo também a mudança de modelo mental dos gestores, considerando mais mulheres em processos de seleção. Os homens têm um papel fundamental e um impacto transformador na promoção da igualdade de gênero".
Participação de mulheres em cargos de liderança no México é limitada
Mariana Larrea Martínez del Campo, VP de Vendas na KIO, afirma que a participação de mulheres em cargos de liderança na indústria de data centers no México, como em outros setores, ainda é limitada. "No entanto, há um reconhecimento crescente da importância da diversidade de gênero em todos os níveis da indústria. A KIO reconhece o trabalho das mulheres na empresa. A publicação de artigos, como este da DCD, faz com que as mulheres se sintam encorajadas a ingressar neste mundo. É importante que os seus feitos sejam destacados publicamente, para incentivar outras mulheres a perseguir os seus sonhos".
A trajetória de Larrea no mundo tecnológico também começou como um grande desafio, dado que a sua experiência prévia não estava relacionada à tecnologia. "Estudei Administração de Negócios Internacionais e fiz um MBA. No entanto, na KIO recebi um sólido apoio para me capacitar e compreender esta indústria. Contei com a ajuda constante por parte dos meus líderes e experimentei um rápido crescimento nos últimos anos. Comecei em 2019 como executiva de vendas e agora ocupo o cargo de VP. Este feito não teria sido possível sem as oportunidades e o compromisso oferecidos às mulheres nesta empresa".
Segundo a VP de Vendas, existem várias razões pelas quais pode haver poucas mulheres na indústria de data centers no México, incluindo as barreiras culturais e sociais que podem desencorajar as mulheres a seguir carreiras em engenharia e tecnologia.
"Existe uma percepção de que a indústria de tecnologia é mais adequada para homens. Além disso, há uma falta de modelos a seguir e oportunidades de desenvolvimento profissional específicas para mulheres neste campo. No entanto, considero que dia após dia as barreiras estão diminuindo e as mulheres estão abrindo caminho no setor de data centers no México".
Rompendo barreiras na Colômbia
Sonia Alejandra Maldonado Gil, Chefa de Infraestrutura de Data Center na Colômbia, lembra dos tempos em que ter um celular e conexão com a internet em casa era um luxo. "Minha carreira em tecnologia foi inesperada, nunca imaginei estar neste mundo. Quando estava na universidade na Colômbia, ter um celular e internet em casa era um luxo e as transações bancárias eram 100% físicas. Entrei neste mundo precisamente durante esse boom inicial. É um mundo tão amplo e em constante movimento que não permite que você fique estagnado, ensina a se mover rapidamente e aceitar as mudanças".
Ela analisa a participação de mulheres em cargos de liderança no setor. "Cada vez mais vemos mulheres ascendendo a cargos diretivos e encontramos que, graças a isso, estão abrindo caminho para nós. No entanto, ainda há desconfiança em certos níveis. No meu cargo, durante 10 anos sempre havia estado um homem e eu já estou há 4 anos e meio contribuindo com o meu trabalho".
Quais medidas devem ser tomadas?
A formação de Andrea Werner Wildner, Gerente Sênior de Projetos de Construção na Equinix Chile, é em Engenharia de Execução em Climatização. Há 20 anos, ela ingressou no campo da tecnologia devido ao seu interesse em sistemas mecânicos e desde então se especializou em design e construção de infraestruturas críticas. Este percurso foi fascinante, porém bastante desafiador.
"É difícil se destacar numa indústria liderada principalmente por homens. Nos primeiros anos da minha carreira, atuei na área comercial, especificamente na venda consultiva de sistemas mecânicos. Depois de várias especializações, direcionei a minha carreira para o design, construção, comissionamento e certificação de data centers. Atualmente, tenho um papel de liderança regional em projetos de construção relacionados ao aumento de capacidade e eficiência energética em centros de dados operacionais", explica.
"As empresas devem oferecer as mesmas oportunidades de promoção tanto para homens quanto para mulheres, especialmente em cargos de liderança. Além disso, as companhias devem parar de ver a maternidade como uma limitação para as mulheres ao exercerem seu papel de liderança", disse.
Vanessa Santos, Field Development Senior Manager na Equinix Brasil, disse que a sua trajetória profissional em TI seguiu um caminho não tradicional, começando no ambiente empresarial. Ela destaca: "Em estudo recente da Brasscom, recaptulamos que mesmo um país composto por 52% de mulheres (IBGE), apenas 44% da população contratada identifica-se no gênero feminino (Caged). Ainda dentre este universo, menos de 716 mil mulheres ocupam alguma posição no setor de Tecnologia, Informação e Comunicação. Se incluirmos recortes adicionais, o cenário se torna mais desafiador, conforme Mapa de Talentos Negros em Tecnologia desenvolvido pelo núcleo de pesquisa do Afroya Tech Hub e Instituto Sumaúma".
Santos afirma que, além de programas de formação de base, programas desenvolvidos para acelerar carreiras de profissionais já na área para que avancem para posições mais seniores, sem dúvida fazem muita diferença. "Além da barreira de entrada, a visibilidade a profissionais experientes e competentes já atuando no setor é essencial para novas entrantes que buscam referências para se espelhar ou até mesmo para mentorias".
Mulheres em Data Centers, um longo caminho a percorrer
Franciele Rosa, Diretora de Engenharia e Design na Scala Data Centers, considera que hoje temos exemplos de grandes mulheres em cargos de liderança na indústria de data centers, mas ainda são poucas em relação aos homens. "Historicamente temos aumentado essa participação, mas ainda há um grande caminho a ser perseguido. Vemos um reconhecimento na importância de se promover a mescla de gêneros em todos os níveis hierárquicos".
A carreira de Franciele em projetos de tecnologia (especificamente com centros de dados) tem sido desafiadora, com grandes aprendizados e superação. "Desde o início, tive obstáculos que me exigiram persistência e força de vontade para aprender o que fosse necessário. Porém, todos os desafios me proporcionaram uma ótima oportunidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Ao longo desses dez anos, pude participar de projetos inovadores, com tecnologia de ponta, a fim de responder às demandas do mercado, e sempre estou aprendendo com essas demandas. Apesar das dificuldades, eu não mudaria em nada a minha carreira em tecnologia. Tem sido extremamente gratificante e fortalecedor".
Aumentar a porcentagem de mulheres em cargos de gerência em empresas de tecnologia requer um esforço conjunto e uma abordagem multifacetada, afirma Franciele. "Algumas medidas que podem auxiliar são: políticas de recrutamento e seleção que eliminem vieses de gênero e promovam a igualdade de oportunidades; investimento no desenvolvimento profissional das mulheres por meio de programas de mentoria, coaching e treinamento em liderança; garantia da equidade salarial e de benefícios para atrair e reter talentos femininos; e a colaboração com instituições educacionais, organizações sem fins lucrativos e grupos que ajudem as empresas a alcançar e atrair mais talento feminino".
"Nunca abri mão dos meus vestidos e batons vermelhos"
Bárbara Pizzolatto, VP de Data Center Business na Huawei Brasil, lembra com satisfação sua trajetória profissional na indústria. "Há 24 anos atrás, quando comecei a minha carreira no mundo TIC, o data center era uma Infraestrutura que apenas os grandes bancos possuíam. Era um mercado completamente masculino. Neste segmento não tinha nenhuma mulher em cargo de liderança. O preconceito de gênero era extremamente maior. E no meu caso, ser filha de um homem de grande relevância no mercado dificultava ainda mais o reconhecimento do meu trabalho. Todos os meus méritos eram creditados a minha filiação".
Pizzolatto afirma que "foram cerca de 4 anos de muita luta, dedicação, trabalho, conquistas e derrotas até deixar de ser reconhecida como a filha de alguém e me tornar a Bárbara". Ela acrescenta: "Hoje o meu pai diz uma frase que tem um significado e relevância imensuráveis para nós: 'Você era a filha do Pizzolatto, hoje eu sou o pai da Bárbara!'. A partir disso, me dediquei a fazer a diferença e a construir uma carreira sólida num mercado em crescimento exponencial regido pela tecnologia e inovação".
A VP destaca os inúmeros desafios diários. "Estar sempre atualizada com as tecnologias, manter e crescer o relacionamento com os clientes e o mercado, conhecer as tendências, expectativas, soluções, oportunidades e informações não só do nosso meio, mas da economia e caminhos que o mundo está tomando. As pessoas acham que quando você tem um cargo de liderança a vida profissional fica mais fácil, mas é justamente o contrário. Assim como jogar videogame sempre queremos passar de fase, mas não podemos esquecer que a próxima é mais difícil!"
Além dos desafios profissionais, do esforço e dedicação para conquistar novos desafios e ser uma das primeiras mulheres na alta liderança de uma das maiores empresas multinacionais, Pizzolatto também precisa conciliar a vida profissional com a pessoal. "Ser mãe, esposa, filha, amiga e dona de cachorro. Em cargos de liderança a automotivação é crucial para mantermos a energia e a equipe motivada. No meu caso, o que me motiva a conquistar o mundo são minhas filhas dizerem que querem ser como a mãe".
Ela observa que em muitas situações, as mulheres eram obrigadas a ser sérias, estritas e frequentemente autoritárias para serem respeitadas e levadas a sério. "Cansei de ver mulheres tendo que se impor para serem atendidas. O dress code era machista. A maioria das mulheres tinha que se masculinizar para não ter a sua capacidade e performance julgadas pelo que vestiam. Por isso, nunca abri mão dos meus vestidos e batons vermelhos. Nunca precisei me vestir ou me portar como um homem para ser igual ou até melhor que eles".
Pizzolatto lamenta que haja inúmeras mulheres que não contam com o apoio da sua própria família para assumir cargos que exijam uma dedicação mais intensa. "É comum as mulheres com cargos que demandem viagens escutarem 'Você não se sente mal por largar os seus filhos?', 'O seu marido deixa você viajar?', 'Você não tem medo de ser traída viajando e deixando o seu marido?', 'Você terá que escolher entre viajar ou o casamento'".
Ela acrescenta: "Entre muitas outras colocações que além de deixar as mulheres inseguras, interferem nas suas decisões e muitas vezes desempenho. É fundamental estar com a saúde mental em dia e os objetivos muito claros para que se tenha a determinação e força de enfrentar o preconceito dentro da própria casa, família ou círculo de amigos".
"Alcançar e manter uma posição destacada é uma luta diária"
Principal Interconnection Manager na EdgeUno, Márcia Andrade também destaca o início da sua carreira e a trajetória de desafios e lutas. "Às vezes nem consigo acreditar que estou há 32 anos trabalhando com Tecnologia. Quando comecei, tudo era novidade e ninguém podia imaginar como as coisas mudariam tão rapidamente. Trabalhei com TI por 18 anos e depois mudei para Engenharia de Telecomunicações".
Andrade não vê grandes mudanças para alcançar a igualdade de gênero na indústria. "Tudo está progredindo muito devagar. As mulheres ainda são minoria e quase sempre enfrentam preconceitos. Vivemos numa sociedade patriarcal onde as mulheres precisam estudar mais e ter mais qualificação do que os homens para poderem fazer o mesmo trabalho ou terem as mesmas oportunidades. É quase uma luta diária para alcançar e manter uma posição destacada".
Segundo Andrade, para promover a igualdade de gênero é fundamental transformar a forma como as mulheres são percebidas. "Apontar que o percentual de mulheres é pequeno não é suficiente. Merecemos mais respeito e mais igualdade de oportunidades".
Ela enfatiza: "A indústria de data centers e tecnologia, infelizmente, ainda é percebida como um setor para homens. É um estigma que muitas ainda carregam, enraizado desde a infância, num mundo onde as meninas são ensinadas que não são capazes de alcançar os seus sonhos. No entanto, estamos testemunhando uma mudança significativa. A boa notícia é que a nova geração rejeita as antigas mentalidades limitantes".
Theresa Bobis, Diretora Geral da DE-CIX para o Sul da Europa, observa que a indústria tecnológica passou por mudanças significativas desde meados dos anos noventa. Uma delas é a crescente presença de mulheres nos diversos departamentos e ocupando cargos de liderança.“Tive a sorte de não encontrar obstáculos ao longo da minha carreira profissional, e se os encontrei, não percebi. Sempre que tenho um objetivo, concentro-me e trabalho duro para alcançá-lo, com o máximo de assertividade e junto com a máxima integridade e humildade. Embora reconheça que fui muito sortuda durante a minha experiência profissional, estou ciente dos desafios contínuos que as mulheres enfrentam no mundo da tecnologia e é essencial reconhecê-los".
Aprendizado e esforço
Carolina Maestri, Diretora de ESG (Ambiental, Social e Governança) e EHS (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) na ODATA, desenvolveu a sua carreira em diversos setores, o que lhe proporcionou uma notável habilidade de adaptação, bem como uma contínua busca por aprendizado. "O setor de tecnologia apresenta um grande desafio por se reinventar de forma muito acelerada, e acredito que esse desafio constante e oportunidade não só de desenvolvimento profissional e pessoal, mas de impacto na sociedade é o que mais me faz brilhar os olhos”.
Apaixonada e defensora de temas como sustentabilidade, diversidade e inovação, no seu trabalho na ODATA, Carolina tenta alcançar um desempenho mais sustentável para o mercado tecnológico, além de potencializar o impacto positivo da empresa na sociedade por meio de iniciativas ambientais e sociais.
"Acredito que, se continuarmos a implementar e potencializar as atuais iniciativas de incentivo à conscientização da diversidade de gênero, não somente no setor de tecnologia, mas também em cargos de liderança, as mulheres podem alcançar cargos ainda mais altos", afirma Maestri, acrescentando: "Tais iniciativas incluem, mas não são restritas, aos programas de conscientização de diversidade e inclusão, políticas afirmativas no recrutamento e promoção de mulheres, programas de mentoria, eventos de networking e programas de capacitação de liderança feminina".
Para Jéssica Braga, Diretora de Marketing da Ascenty, a sua trajetória profissional como mulher no setor tecnológico tem sido gratificante. "Quando iniciei na empresa, que na época ainda era uma startup, tive todo o apoio e a confiança dos meus líderes e pares para desenvolver o meu trabalho. O desafio era grande e ambicioso, mas também muito motivador. Ao lado da minha equipe, que é 100% composta por mulheres, tivemos e continuamos alcançando grandes conquistas".
No que diz respeito à inclusão de mulheres no setor tecnológico, Braga percebe um crescente comprometimento com a diversidade e a igualdade de gênero. "Na Ascenty, um exemplo que posso mencionar é o Comitê Elas Por Elas, um programa específico para mulheres que oferece oportunidades tangíveis para o desenvolvimento profissional, reconhecendo a importância de ampliar a diversidade no setor tecnológico. A empresa também estabeleceu o Comitê Consultivo Feminino, composto exclusivamente por mulheres, dedicado a abordar de forma confidencial questões sensíveis relacionadas ao público feminino, entre outras iniciativas".
Braga acrescenta: "Para impulsionar a presença de mulheres em cargos de gerência, é essencial adotar uma abordagem abrangente. Expandir programas de capacitação, como o Qualifica Elas, é crucial. Essa iniciativa visa preparar mulheres tecnicamente, fornecendo habilidades específicas necessárias para enfrentar os desafios da área. Ao investir na capacitação técnica, as empresas podem criar um pool mais diversificado de talentos prontos para assumir funções gerenciais".