A indústria de Data Centers precisa estabelecer uma nova métrica para medir sua eficiência energética na era da IA generativa, argumentou a Nvidia.
Atualmente, os Data Centers usam PUE (eficiência no uso de energia) para medir sua eficiência energética, que é calculada pela relação entre a potência total da instalação e a energia consumida pela carga de TI.
No entanto, essa métrica leva em conta apenas a quantidade de energia consumida por um Data Center, em vez de medir o que a Nvidia chama de “saída útil” – a energia real que os servidores usaram e quão eficientemente eles a usam.
“Quando sistemas e processadores modernos relatam níveis crescentes de potência de entrada em watts, isso não significa que eles são menos eficientes em termos de energia”, escreveu Jeremy Rodriguez, diretor sênior de engenharia de Data Center da Nvidia, em um post no blog.
O PUE foi proposto pela primeira vez por Christian Belady e Chris Malone e promovido pela Green Grid em 2006. Embora Rodriguez tenha dito que o PUE não se tornará obsoleto, ele argumenta que é preciso haver uma métrica que reconheça o fato de que os sistemas e processadores modernos são muitas vezes muito mais eficientes na quantidade de trabalho que fazem com a quantidade de energia que usam.
Para resolver essa questão, ele argumenta que, em vez de se concentrar na energia em termos de watts, os Data Centers devem se concentrar na energia medida em quilowatts-hora e joules, acrescentando que qualquer novo benchmark também deve medir os avanços na computação acelerada – usando processamento paralelo de hardware e software para acelerar o trabalho em aplicações exigentes, como IA generativa.
Avaliando o LinkedIn, o analista do Uptime Institute, Peter Judge, concordou que a indústria está muito atrasada em uma métrica que se baseia no conceito de “trabalho feito por joule”.
No entanto, ele acrescentou: “É interessante ver isso saindo da Nvidia. Acho que a “visibilidade” do alto consumo de energia do kit faz com que seja do interesse deles ter uma métrica melhor baseada no uso de energia”.
